“Os artistas não precisam de subsídios, precisam de trabalho”

“Os artistas não precisam de subsídios, precisam de trabalho e nós precisamos deles”. As palavras são da vereadora da Cultura de Guimarães, mas os vereadores de Braga e Vila Nova de Famalicão assinaram por baixo. 

Depois do impacto da pandemia provocada pela Covid-19, os apoios não são suficientes para reerguer o sector, sendo fundamental que os profissionais da Cultura possam voltar a trabalhar. Esta foi uma das principais ideias que resultaram da conversa que juntou os três vereadores, no Café Concerto RUM by Mavy, para falar da “Cultura de hoje na região”. Na iniciativa promovida pela RUM, a propósito do 31.º aniversário, falou-se do presente e do futuro do sector. 

Para Adelina Paula Pinto, a ligação entre artistas e municípios “é directa”. “Eles trabalham e nós pagamos”, frisou. 


Responsável pela pasta da Cultura em Guimarães, Adelina Paula Pinto lembrou “os vários reptos lançados aos artistas”, a propósito do 24 de Junho e das Gualterianas. “Temos uma agenda digital,  onde estamos a colocar os concertos de artistas de Guimarães, gravamos concertos, algo que é também promotor da cidade, temos 11 projectos aprovados no âmbito do Desconfinar e lançamos uma música de Guimarães, com composior e artistas vimaranenses”, acrescentou. 


“Fazemos com que os artistas não morram”

Em Vila Nova de Famalicão, a autarquia tem tentado devolver o ânimo ao sector. Para isso, revelou Leonel Rocha, o pelouro avançou com a iniciativa ‘Sobre o Palco’, “que é um encontro dos projectos culturais profissionais”. “Temos toda a política de apoio ao associativismo cultural, artistas amadores, e temos já um núcleo importante, desde o teatro, à música passando pelo circo, de artistas profissionais”, acrescentou o vereador, dando nota que a Câmara e a Casa das Artes apoiam ainda as novas produções. 


Leonel Rocha apontou ainda o festival “Anima-te”, uma proposta de verão da autarquia famalicense, como “uma forma de dar trabalho e apoiar os artistas”. “Fazemos com que os artistas não morram”, rematou. 



Em Braga, há programação pensada para os artistas locais até ao final do ano

Em Braga, a pasta da Cultura está entregue a Lídia Dias. A vereadora lembrou que, desde logo, a autarquia decidiu “manter todos os acordos e protocolos com as diferentes entidades, um programa na ordem dos 500 mil euros”. “Com o ACTUM, programa de criação para artes performativas e plásticas, surgiu a ideia das bolsas de criação, para ajudar diferentes artistas e até os emergentes, que não têm retaguarda”. A vereadora da Cultura de Braga garantiu ainda que há programação pensada para os artistas locais, “que vai entrar ao longo deste final de ano”, se a pandemia permitir. 

Os vereadores da Cultura de Braga, Guimarães e Famalicão juntaram-se, ao final da tarde desta quarta-feira, no Café Concerto RUM by Mavy, para debater “a Cultura de hoje na região”. Uma conversa que pode voltar a ouvir na Universitária, no sábado, às 16h.

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Liliana Oliveira
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