Oposição saúda incentivo à mobilidade suave em Braga mas critica condições do piso

Os vereadores da oposição saúdam a instalação de um novo sistema de partilha de bicicletas a motor elétrico em Braga, mas dizem que a cidade não reúne as condições de segurança necessárias para a circulação destes veículos.

PS e CDU votaram favoravelmente, na reunião de Câmara desta segunda-feira, o acordo de colaboração entre o Município de Braga e Ridemovi, para a instalação de mais 150 bicicletas elétricas, mas deixaram alguns alertas.

O número de acidentes, que envolvem, sobretudo, trotinetes, foi, mais uma vez, lembrado pelos vereadores da oposição.

Adolfo Macedo, do PS, concorda com a concessão de mais veículos elétricos, sejam trotinetes ou bicicletas, mas considera que a medida deve “ser acompanhada da criação de condições para usar de forma segura esses veículos, ou seja, mais vias cicláveis”. Para o vereador, isso não está a acontecer na cidade e as vias cicláveis existentes “são poucas”.

Do lado da CDU, Bárbara de Barros diz ser “muito positivo” que se aumente o número de veículos suaves e reconhece que “houve já ajustes na regulamentação do seu uso”. Na reunião do executivo municipal, Olga Pereira, vereadora que tutela a mobilidade, explicou que o município, em parceria com as empresas que gerem estes equipamentos, têm conseguido progressos, desde logo com a implementação de um sistema de GPS, nos veículos, que permite perceber se as trotinetes estão a ser utilizadas em zonas pedonais, sendo de imediato paradas. “Há também cada vez mais mecanismos para que estas viaturas sejam estacionadas nos hotspots devidos, mas basta circular no casco urbano para perceber que há trotinetes deixadas na rua”, alertou a comunista. Olga Pereira disse, a este respeito, que, desde setembro, que “os estacionamentos são mais regulados”.

Para Bárbara de Barros, “era importante perceber que monitorização é feita para saber se se justifica que mais uma operadora venha introduzir trotinetes”. Segundo a vereadora com a pasta da mobilidade, há na cidade, neste momento, no máximo 600 trotinetes, um número ainda longe do limite estabelecido por mil habitantes.

O estado do piso mereceu também alguns reparos da vereadora da CDU. “A degradação do piso tem sido cada vez maior e até nas ciclovias há relatos de buracos perigosos e a cidade não está devidamente preparada”, apontou. Bárbara de Barros considera que “este tipo de medidas de incentivo a modos suaves tem que ser acompanhado de monitorização para perceber se estão a cumprir o propósito”.

O presidente da Câmara, Ricardo Rio, reconhece que a “a organização urbana é marcada por um piso associado ao empedrado e isso não é propício para a utilização de veículos desta natureza”, mas, “nos últimos tempos têm sido criados mecanismos de controlo, para limitar a utilização em vias pedonais e desacelerar as viaturas”.

“As vias cicláveis estão a expandir-se por toda a cidade, estamos a alagar em grande escala essa rede e vai haver muitos investimentos nos próximos tempos nessa matéria”, finalizou. 

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Liliana Oliveira
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