Oposição critica falta de informação sobre Plano de Contingência da CMB

A oposição bracarense no executivo municipal critica a falta de informação da parte do Município de Braga no que toca à divulgação do Plano de Contingência devido ao novo coronavírus, covid-19. A questão foi colocada esta segunda-feira, em reunião do executivo municipal, pelo vereador do PS.


Artur Feio condena o facto da autarquia não ter feito chegar aos cidadãos informação em relação ao surto de Covid-19, ao contrário de outros concelhos vizinhos como foi o caso de Guimarães. Também a CDU demonstrou preocupação sobre esta matéria. Carlos Almeida também pediu esclarecimentos sobre os TUB, uma vez que são utilizados por milhares de bracarenses e visitantes, que podem ser um potencial foco de propagação do novo coronavírus. 


Em resposta, o presidente da Câmara Municipal de Braga (CMB), Ricardo Rio, anunciou que existe um Plano de Contingência que está a ser “adaptado à realidade da cidade”. 

O edil recorda que nos últimos dias têm sido canceladas várias iniciativas, nomeadamente, em que os intervenientes eram cidadãos de uma faixa etária mais elevada e com problemas de saúde. 

No que toca aos TUB a resposta foi afirmativa, “já está em curso o reforço da higienização dos autocarros”. Para além disso, Ricardo Rio frisou que têm decorrido reuniões de trabalho em particular com as juntas de freguesias, de modo a que exista uma maior partilha de informação.

No entanto, as preocupações não estão esgotadas da parte da oposição. Artur Feio solicitou o término do processo biométrico dos trabalhadores da autarquia bracarense, ou seja, a picagem por toque de dedo. “Estamos em desacordo. Para o PS este acto deve ser suspenso pois a higienização pode não ser totalmente conseguida ou garantida”, defende. O vereador da oposição aconselha, por exemplo, a utilização de cartões. 

Uma posição mais uma vez partilhada com o vereador da CDU, que acrescenta que pode ser uma medida essencial para “mitigar a propagação do vírus”. Carlos Almeida recorda que o reforço da higienização com desinfectantes pode “não ser suficiente”, isto porque muitos podem “não seguir as indicações”. Para o comunista, estes são tempos que justificam “medidas drásticas e excepcionais onde encaixa a suspensão do controlo biométrico”. 

Ora, o edil considera que “o processo em si não é problemático”. Contudo, a situação foi sinalizada no final da última semana e segundo Ricardo Rio os recursos humanos garantem que “ainda esta segunda-feira ou durante esta semana serão instalados desinfectantes para proteger os utilizadores do processo de picagem”. Deste modo o mecanismo será mantido. 


Quando questionado sobre se a medida seria suficiente para mitigar a propagação do Covid-19, o autarca declarou que cada cidadão deve ser “responsável” e defendeu que o município “não pode ser polícia das pessoas”. 


O presidente aproveitou o momento para lançar algumas críticas às entidades nacionais, isto porque o município de Braga “não recebeu nenhuma ligação a explicitar os procedimentos que levou à suspensão das actividades lectivas na Universidade do Minho”. 


Dar nota que um funcionário da InvestBraga, que esteve recentemente em Milão, está de quarentena.

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Vanessa Batista
Vanessa Batista

Jornalista na RUM

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