Operação CO3+. Parte do Norte para o país “um bom exemplo de cooperação”

O administrador dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho, António Paisana, considera que, mediante os resultados da Operação CO3+, parte do Norte para o país “um bom exemplo de cooperação” que pode “inspirar” outras instituições de ensino superior.
O projeto une os Serviços de Ação Social da academia minhota, da Universidade do Porto e da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, com vista à capacitação organizacional destas estruturas.
A Operação CO3+ contou com 14 iniciativas, quatro delas partilhadas entre os três Serviços de Ação Social (SAS) e as restantes a partir da identificação de necessidades em áreas específicas de cada SAS.
A génese formal do Consórcio entre as três Universidades vem já desde 2014, ano em que foi assinado um memorando de entendimento, que viria a ser formalizado um ano depois, em 2015, com a criação da UNorte, que surge com o objetivo de “articular e potenciar a cooperação estratégica institucional entre as universidades envolvidas, sem que nenhuma delas perdesse a autonomia, e participar proactivamente na construção de uma estratégia regional inteligente no âmbito do que seria o próximo quadro comunitário de apoio”, lembrou, esta segunda-feira, o administrador dos SASUM, António Paisana. O responsável afirmou ainda que “no que ao desporto universitário e a ação social diz respeito as expectativas criadas realizaram-se e constituíram-se como verdadeiros fatores de sucesso”.
No que diz respeito ao CO3+, frisou o administrador, “o valor global do investimento foi 1,7 milhões de euros, num total candidatado de 2 milhões de euros, e foram notórios os ganhos nos resultados obtidos e nos que se irão desenvolver no futuro”.
“De fato, articularam-se competências, uniformizaram-se procedimentos, eliminou-se a duplicação de tarefas e aumentou-se o poder negocial com partes externas”, exemplificou.
Na sessão, António Paisana apontou ainda os diferentes estados de maturidade e as soluções de gestão distintas” dos três SAS.
O responsável considera que esta iniciativa permitiu “abrir caminhos para uma melhor satisfação das preferências de consumo e utilização dos serviços, pela via organizacional, produtiva e de desenvolvimento digital”.
“Na UMinho, 64% dos alunos respondentes fazem as suas refeições nos bares ou cantinas da universidade, na UPorto são 38% e na UTAD 41%”
Algumas das conclusões de todo o trabalho até aqui realizado, apresentadas por Susana Silva, responsável pelo projeto nos SASUM, demonstram que “na UMinho, 64% dos alunos respondentes fazem as suas refeições nos bares ou cantinas da universidade, na UPorto são 38% e na UTAD 41%”.
A responsável fez ainda saber que, “se fossem atribuídos mais 100 euros aos alunos, estes valorizavam uma alimentação mais sustentável ambientalmente, alimentos locais, sazonais e biológicos e uma alimentação mais diversificada”.
A responsável avançou ainda a preferência dos estudantes no que diz respeito ao alojamento universitário. Nesta área, as conclusões mostram que os estudantes valorizam o facto de “as residências terem cozinhas, salas de estar, de lazer e de estudo, lavandarias, sala de refeições ou adequada climatização”. Além disso, os quartos devem ter “dimensões adequadas, armários espaçosos e WIFI suficiente”. “Maior disponibilidade nas áreas comuns, serviços relacionais com limpeza e lavandaria, em detrimento da tipologia de quartos, serem individuais ou duplos”, foram outras características valorizadas pelos alunos.
A partilha de experiências, boas práticas e conhecimento já adquirido na implementação de processos e sistemas de informação, bem como a realização colaborativa de certas atividades deu o mote para a elaboração desta candidatura, cujo objetivo foi capacitar os Serviços para a melhoria da qualidade dos serviços prestados.
