“O projeto de renaturalização do Rio Este é uma referência a nível nacional e internacional”

O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) considera que o trabalho de renaturalização do Rio Este, em Braga, é “único” e tem “uma dupla mais valia”. José Pimenta Machado visitou, esta quarta-feira, a segunda fase da intervenção, que incide sobre a zona da lagoa do Parque Desportivo da Rodovia.
Tratando-se de “um rio envolvido por uma pressão urbana terrível”, no seu entender, “tinha tudo para correr mal”. Contudo, o projeto revelou-se “uma referência a nível nacional e internacional”. Por um lado, o dirigente da APA fala “da biodiversidade e da galeria ripícola, mais natural”, que se vão ganhar. Por outro, enaltece, “o rio ficará com mais espaço e preparado para lidar com inundações e cheias”.
A despoluição começou no troço entre o Hotel Meliã e o INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, em 2014. Agora está no terreno a obra relativa à zona da lagoa do Parque Desportivo da Rodovia, que tem o custo de 650 mil euros, com financiamento de 450 mil por parte da APA.
Iniciada há um mês, esta etapa deverá ficar pronta em agosto. A seguinte e última, até à Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires, tem já 1,5 milhões de euros assegurados igualmente pelo Fundo Ambiental, embora ainda não se saiba o valor total.
O vereador da Câmara de Braga, Altino Bessa, adianta que será uma intervenção semelhante à primeira fase. O responsável pela pasta do Ambiente explica que a ideia é “retirar todo o betão”, sendo depois “colocada vegetação”. “Queremos que traga vida e biodiversidade a este espaço, através de corredores verdes”, assinala.
