“O plano de desconfinamento é uma manta de retalhos mal amanhada”

O presidente da Câmara Municipal de Famalicão refere que o Governo “cedeu à pressão” para desconfinar. Para Paulo Cunha, o executivo socialista tinha outras alternativas para compensar os setores mais afetados pela pandemia, considerando que, desta forma, pode estar em causa a saúde pública.

Aludindo ao facto de uma nova vaga ser “verosímil”, tendo em conta o que tem acontecido noutros países, e de o processo de vacinação estar a decorrer “a passo de caracol”, o autarca defende que é “muito cedo para abrir as escolas”, por exemplo.

Para Paulo Cunha, a possibilidade de “as crianças voltaram à escola e duas semanas ou um mês depois terem de regressar a casa porque se chegou a uma linha vermelha é o pior que pode acontecer”. “É mau demais. As pessoas querem estabilidade. Este plano é uma manta de retalhos mal amanhada de um Governo que está sob pressão e que não consegue viver com ela”, refere, direcionado as críticas para os critérios estabelecidos pelo Governo, como o índice de transmissibilidade do vírus e o número de novos casos por 100 mil habitantes, a cada 14 dias.

Noutra perspetiva, o edil considera que as escolas abrem agora só porque “o governo falhou o compromisso de dotar as famílias e as escolas de meios tecnológicos”, recordando que o executivo teve quase um ano para fazer esse “apetrechamento”. “Em vez de reforças as escolas com meios, prefere abri-las”, acrescenta.

O autarca fala ainda de um plano “incongruente”, dizendo que não faz sentido as escolas poderem receber alunos a partir de segunda-feira e os teatros e os cinemas apenas abrirem portas dois meses depois. “Como é que se diz a uma criança que pode ir à escola e não pode ir ao cinema ou ao teatro?”, questiona.

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Tiago Barquinha
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