“UMinho aproxima-se rapidamente de um momento de mudança geracional”

O reitor da Universidade do Minho reconheceu hoje que a instituição tem um corpo docente “envelhecido” e que está neste momento confrontada com o desafio da “renovação”. A média de idades é de 53 anos, exigindo à instituição “uma adequada transferência dos saberes acumulados”, disse Rui Vieira de Castro no seu discurso da sessão solene do 46º aniversário da instituição de ensino superior.

Num Salão Medieval lotado, Rui Vieira de Castro reafirmou que a Universidade “aproxima-se rapidamente de um momento de mudança geracional que tem que ser feito em condições que permitam uma adequada transferência dos saberes acumulados”. Admitindo que os anos mais recentes “foram especialmente duros a este respeito”, o reitor explicou que no ano de 2019 a UMinho criou “novas oportunidades de ingresso de professores e mais oportunidades de progressão na carreira” – 15 concursos para posições de início de carreira, 42 concursos para professor associado, 3 para professor coordenador e 2 para professor catedrático – números que, na opinião de Rui Vieira de Castro, comprovam que a UMinho “deu um passo importante na aproximação aos valores previstos para as diferentes posições de carreira”. O reitor assumiu que Escolas de Arquitectura, Enfermagem e Ciências, “por especificidades do seu desenvolvimento estão ainda longe desses valores”. Já noutras, a UMinho “está muito perto de o fazer”, referindo-se aos casos das Escolas de Medicina, Psicologia e Direito.

Sobre os trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão, Rui Vieira de Castro lembrou o processo “atribulado” do PREVPAP em que a UMinho “pautou a sua acção por posições de grande transparência e responsabilidade, buscando um equilíbrio nem sempre fácil”. 

“No final deste processo de integração, a UMinho, ao contrário da sua expectativa, ficará obrigada a disponibilizar anualmente das suas receitas próprias, cerca de um milhão e cem mil euros, verba que terá de ser retirada de outras áreas de actividade da instituição”, lamentou.

Ainda no seu discurso a propósito, Rui Vieira de Castro destacou que mais de 90% dos investigadores obteve as classificações máximas de ‘excelente’ e ‘muito bom’. Resultados importantes ainda que considere que a UMinho pode e deve fazer ainda melhor. “Estas classificações, reveladoras da qualidade da investigação realizada e da maturidade do nosso sistema científico, não devem no entanto obstaculizar uma cuidada ponderação da possibilidade de reorganização do nosso sistema de unidades como forma de optimizarmos desempenhos e impactos. A universidade pode e deve fazer ainda melhor”, avisou. Acrescentando que o número de unidades existente no sistema científico nacional vem sendo cada vez mais questionado, o reitor sugeriu que a UMinho tem condições para uma redução desse número com vantagens para a instituição”.

A UMinho é a instituição da região que mais financiamento captou até agora no quadro do programa Horizonte 2020. No último ano, conseguiu financiamento para 92 novos projectos de investigação com financiamento, correspondendo a um orçamento global de 37 Milhões de Euros.


No discurso desta manhã, Rui Vieira de Castro, destacou alguns dos projectos reconhecidos nos meses recentes, entre eles os dos investigadores Paulo Lourenço e Nelson Lima, mas também o acordo de continuação da parceria Bosch – UMinho.

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Elsa Moura
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