“O melhor momento da minha carreira foi a vitória no Estoril Open”

Quatro títulos de ATP 250 World Tour e uma classificação histórica no ranking mundial, 28º lugar, a mais alta de sempre de um português. Estes são alguns dos destaques da carreira de João Sousa, que elege a vitória no Estoril Open como “o melhor momento”.
Entrevistado no programa RUM(O) Desportivo, o tenista minhoto destaca o “orgulho imenso” pelo título alcançado em 2018 num torneio que nunca tinha conhecido um vencedor luso em 28 edições. O desportista de 34 anos lembra que “nem sempre é fácil lidar com toda a pressão e envolvência que existem”.
“Às vezes, as pessoas não são muito conscientes do difícil que é jogar em casa e conseguir vencer. Ao longo da história, há atletas de grande nome que realmente nunca o fizeram […] Não sou muito dessas coisas de recordes e da história, mas a verdade é que ficou marcado na memória de muitas pessoas”, assinala.
No nível de Challenger, o segundo mais alto do ténis mundial, João Sousa ganhou o Open de Guimarães, em 2013, na única edição do torneio, criada por ocasião do título de Cidade Europeia do Desporto. O tenista vimaranense recorda que foi “o último Challenger” que jogou, antes de regressar ao circuito em 2021. Além de ser “especial vencer em casa”, considera que esse momento “marcou uma etapa” na transição para o ATP World Tour.
Por outro lado, o período mais difícil surgiu no final de 2019, quando sofreu uma fratura no pé esquerdo e que o deixou parado durante dois meses. “Mandou-me para um caminho que não estava à espera e que era novo para mim. Via as pessoas a competir e eu não podia, tentava treinar e não conseguia fazê-lo com intensidade ou ao mais alto nível […] Não vou negar: surgiu a dúvida se valeria a pena continuar ou não a jogar ténis”, refere, lembrando que a pandemia apareceu na altura da recuperação.
