“O Governo continua teimosamente a recusar a criação de uma rede pública de creches”

Devido à falta de vagas, a gratuitidade das creches esbarra na falta de uma rede pública dedicada ao setor. A premissa é defendida pelo deputado do PCP na Assembleia da República, Manuel Loff, que visitou, esta segunda-feira, a Bogalha, em Braga.


Por proposta dos comunistas, recorda, desde janeiro, as crianças nascidas a partir de 1 de setembro de 2021 podem frequentar, de forma gratuita, as creches do setor privado, quando não existem vagas no setor social e solidário. 


Contudo, essa nova realidade, no seu entender, é “cada vez mais apertada, já que, sabendo da gratuitidade, tem aumentado o número de famílias que pretendem inscrever os filhos nas creches”. Por outro lado, assinala, “graças à população imigrante, tem havido uma certa recuperação da natalidade”.

Manuel Loff considera que “a rede estabelecida pelas instituições particulares de solidariedade social e por creches privadas não conseguem abarcar nem responder a toda a procura por parte das famílias”. O PCP estima que faltem pelo menos 100 mil vagas em creches, alertando, por isso, para a necessidade de duplicar a oferta.

“Nestas condições, a grande maioria dos agregados familiares continua a pagar pelas creches e o Governo continua teimosamente a recusar a possibilidade da criação de uma rede pública, que é a única forma de solucionar o problema da necessidade de creches”, argumenta, lamentando “a invocação permanentemente das limitações de orçamento” para justificar a não aplicação deste mecanismo.

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Tiago Barquinha
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