“O distrito de Braga é demasiadamente importante para estar ao abandono”

Ricardo Costa afirma que a sua candidatura “quer construir e agregar”, referindo que não é uma candidatura protagonizada para gerir lugares. O candidato da lista B afirma que “tem uma estratégia para o distrito” e lamenta a “desunião e voltar de costas” entre militantes que foi sentindo no distrito. “Sou um candidato que vem dos militantes e se pensarmos no que se tem passado nos últimos anos em Braga é grave. Os resultados não são animadores, temos perdido imensas câmaras e o que me proponho a fazer é reconquistar câmaras, juntas de freguesia e envolver os militantes. O distrito de Braga tem uma marca de destruição e de divisão. As concelhias estão entregues a si próprias e este distrito é demasiadamente importante para estar ao abandono”, afirma o candidato vimaranense.

“Braga neste momento não está a contar para nada. O distrito de Braga merece muito mais”

O candidato da lista B diz que representa uma candidatura contra a desunião e desilusão dos militantes e critica a presidência de Joaquim Barreto e a sua candidatura, com “ausência de ideias” e sem defender efectivamente o distrito. Lembrando a lista de deputados à Assembleia da República das legislativas de 2019, Ricardo Costa disse que a mesma mostra que “Braga não está a contar para nada”, quando o distrito “merece muito mais”. “Não podemos continuar a assistir à falta de militantes do distrito de Braga no Governo”, disse. Referindo que José Mendes é o único secretário de estado do distrito, e que está a desempenhar muito bem o seu papel, o socialista lembra que se trata de um independente e não de um militante. “O PS tem quadros evoluídos no distrito e não pode ser nivelado por baixo. Queremos lugares de governação porque merecemos essa importância”, sustenta.

Ricardo Costa compromete-se, enquanto presidente da Federação Distrital, a ser “uma voz activa” junto de quem governa o país. Defensor da área metropolitana do Minho, quer união para “ganhar mais força e mais escala”.

Na opinião do candidato da lista B, Joaquim Barreto “teve o seu tempo, mas agora é preciso perceber o papel neste distrito”. Lembrando que perdeu a presidência de uma comissão parlamentar e que não tem nenhum membro do PS no distrito no Governo, Ricardo Costa considera que se trata de uma situação “grave” que exige reflexão.

“Demitia-me no mesmo dia com uma lista de deputados às legislativas como a que foi apresentada no ano passado”.

Ricardo Costa avisa que o PS “não pode continuar a fazer de conta que existe no distrito” e vai mais longe, admitindo que se enquanto presidente da federação distrital tivesse uma lista às legislativas de 2019 como aquela que Joaquim Barreto ajudou a constituir se “demitiria no mesmo dia”.

“É uma questão de dignidade”. “A minha candidatura é da ética, da verdade e da verticalidade, mas não uma candidatura que vai dizer sim a tudo”, refere.

Exigindo uma voz activa, Ricardo Costa considera que Joaquim Barreto não soube fazer valer a importância do distrito de Braga. O candidato vimaranense acusa Joaquim Barreto de dividir os militantes e, por conseguinte, de destruir o Partido Socialista.

Sobre as vitórias nas eleições legislativas e europeias neste último mandato de Joaquim Barreto, Ricardo Costa lembra que são eleições “num contexto completamente diferente” e avisa que “não vale a pena tapar os olhos às pessoas”. “Temos perdido todas as autárquicas, já tivemos nove câmaras e agora temos quatro, isto é surreal”, declara.

Acusando a candidatura de Joaquim Barreto de “um vazio de ideias”, Ricardo Costa aposta na promoção da competitividade das empresas no distrito e no fortalecimento da sua ligação aos centros de investigação para “pagar melhores salários e fixar mais pessoas”.

Ricardo Costa defende ainda “um plano para cada concelho” em que os socialistas na oposição possam sentir a responsabilidade que representam os seus eleitores, que não querem ver votos contra projectos “só porque sim”. Defendendo os valores da “responsabilidade, da ética e da verdade”, o candidato da lista B afirma que só assim é possível “credibilizar os partidos”. “Quero que o exercício dos políticos e dos partidos seja curriculo e não cadastro”, continuou.

Referindo que encontrou nos últimos meses pessoas que “querem regressar à política e ao Partido Socialista porque nos anos mais recentes não viam uma estratégia para gerir um distrito”, Ricardo Costa explica que “são cada vez mais” os que querem participar. “A nossa candidatura é de princípios e de estratégia. Não podemos ter um partido fechado em si própria. As pessoas têm todas algo para dar”, argumenta.

“Um bom resultado é a vitória e estamos convencidos que vamos ganhar”

Referindo que gosta de ser conhecido pelo seu carácter, Ricardo Costa diz estar convicto na vitória, que “representará o fortalecimento da valorização de um distrito que tem passado ao lado”. Explicando que o cartão de militante não pode ser um cartão de cadastro, o candidato da lista B defende uma credibilização da política e a necessidade de “um tempo novo” num distrito que pode ser o motor do desenvolvimento do país.

As eleições para a Federação Distrital de Braga do Partido Socialista estão agendadas para sábado, 18 de Julho.

Partilhe esta notícia
Elsa Moura
Elsa Moura

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Português Suave
NO AR Português Suave A seguir: Alumni pelo Mundo às 20:00
00:00 / 00:00
aaum aaumtv