“O CIAJG é de Guimarães mas expande para um sentido nacional e internacional”
Marta Mestre foi, esta sexta-feira, apresentada oficialmente como nova curadora-geral do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), à margem da apresentação da programação d’A Oficina.
Entre 26 candidatos, com “excelentes currículos”, revelou Ricardo Freitas, director-executivo de A Oficina, Marta Mestre foi a escolhida para substituir Nuno Faria, na direcção-artística do espaço cultural vimaranense.
A partir de agora, a curadora integra os quadros da Oficina.
Nas primeiras palavras como directora artísitica do CIAJG, Marta Mestre garantiu que o caminho será de “continuidade e mudança”. “Continuar a pensar o projecto tal como o Nuno Faria o pensou, será um privilégio partir dasquestões que ele colocou, mas também avançar, com a aposta na jovem criação, na experimentação, nas coproduções, continuar a criar curadorias”, afirmou.
Para a curadora, com experiência na “pesqusia de colecções de arte moderna e contemporânea, o carácter narrativo do CIAJG é algo muito interessante”, elogiando ainda a obra de José de Guimarães, que “acompanha os tempos”. A importância da “proximidade” para conhecer e trabalhar com o tecido artístico local foi um dos aspectos sublinhados pela curadora.
“O CIAJG é inscrito no território de Guimarães mas ele expande a cultural local e toda esta inscrição territorial para um sentido nacional e internacional”, frisou.
Para a nova curadora, o espaço vimaranense “não é um museu tradicional, é algo híbrido, que mistura várias temporalidades e que tem uma qualidade plástica de narrar o presente”.
Marta Mestre vai substituir Nuno Faria, que esteve na direcção artístisca do CIAJG durante seis anos, mas que em 2019 assumiu a curadoria do Museu da Cidade, no Porto.
Natural de Beja e actualmente a residir em Lisboa, Marta Mestre foi, entre outros cargos, curadora do Centro de Artes de Sines entre 2005 e 2008 e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, entre 2010 e 2015.
