“O 25 de Abril é essencial e tinha de ser evocado”

Marcelo Rebelo de Sousa afirma-se “obviamente sensível” a quem manifestou críticas à presente sessão parlamentar solene, mas diz que “é precisamente em tempo excepcionais” que se devem invocar “os momentos essenciais”, como o 10 de Junho, o 5 de Outubro e o 1º de Dezembro.
“Não é este o tempo excecional e em tempos excecionais não devem dispensar-se evocações costumeiras e ritualistas? Não. É precisamente em situações excepcionais que se impõem costumes e rituais. O 10 de Junho é essencial e vai ser invocado, tal como o 1º de Dezembro e o 5 de Outubro. O 25 de Abril é essencial e tinha de ser evocado. É em momentos de sofrimento que mais importa evocar a pátria.”
E, além do mais, “esta não é uma festa de políticos” porque “evocar 25 de Abril é falar deste tempo, não é ignorá-lo”.
“Importa evocar a pátria, a independência, a república, a liberdade e a democracia” mesmo que num momento de dor e luto, frisou o Presidente da República.
Marcelo “nunca hesitou um segundo” em ir ao Parlamento
Marcelo Rebelo de Sousa assegura que nunca teve dúvida nenhumas em comparecer na sessão parlamentar de hoje.
“O Presidente de Rapública nunca hesitou um segundo em aqui vir”, diz, afirmando que toda a polémica resultou apenas de “pulsões efémeras” e “passageiras”.
Marcelo elogiou também a decisão da AR de se manter em funcionamento, apesar de todas as pressões em sentido contrário.
Recordando que o país está sob tutela de um estado de emergência que dá ao Governo poderes excepcionais, o PR salienta que, por isso mesmo, “maiores devem ser os poderes da Assembleia da República.”
“Seria verdadeiramente incompreensível e vergonhoso era haver todo um país a viver este tempo de sacrifício e a Assembleia da República demitir-se de exercer todos os seus poderes, numa situação em que eles são mais do importantes que nunca”, sublinha ainda.
Pelas 11h50, o Presidente da República termina o seu discurso com uma nota de esperança: “Vamos vencer!”.
