“Nunca vamos hipotecar anos [de sustentabilidade financeira] por uma participação europeia”
![“Nunca vamos hipotecar anos [de sustentabilidade financeira] por uma participação europeia"](https://www.rum.pt/wp-content/uploads/2025/09/6515a5a5503c7e2c605f14f2-Carlos-Matos-financas.jpg)
O presidente do ABC/UMinho recusa uma participação “à maluca” nas competições europeias, atendendo aos encargos financeiros que implica. O assunto foi abordado no programa conjunto RUM(O) Desportivo/Campus Verbal, emitido na sexta-feira e que é reposto na terça.
Depois de se apurar para a Liga Europeia, a segunda competição mais importante de clubes a nível continental, no final da época passada, o clube minhoto fez um comunicado a apelar às gentes da região para ajudar a custear os encargos resultantes dessa presença, avaliados em 100 mil euros, sob pena de desistir. A reação foi positiva, o que permitiu avançar com a participação.
Segundo Carlos Matos, “a verba ainda não foi conseguida na totalidade”, mas “falta pouco”, o que permite estar “tranquilo” quanto ao assunto. “Estamos perto de conseguir o dinheiro necessário para a participação nas competições europeias, que engloba os dois jogos da ronda de qualificação e os seis da fase de grupos. Se depois passarmos à ronda principal, será outro bom problema, mas não vamos pensar nele agora”, detalha.
Caso esse risco volte a pairar nas próximas épocas, defende Carlos Matos, terá de ser devidamente acautelado, assumindo que, “se for necessário abdicar de participar nas competições europeias, isso irá acontecer”. “Posso ser impopular naquilo que vou dizer, mas, enquanto for presidente, nunca vamos hipotecar anos [de sustentabilidade financeira] do ABC por uma participação europeia”, vinca.
Na base dessas cautelas estão anteriores campanhas, nomeadamente na Liga dos Campeões 2016/2017, temporada da última presença europeia, que teve “um impacto financeiro muito forte” nos anos que se seguiram. Levou a que, inclusivamente, o emblema bracarense falhasse a Taça Challenge (atual Taça Europeia), a terceira competição da hierarquia, na época seguinte, conjugado com o facto de “não ter relevo desportivo suficiente”.
