“Número atual de infetados exigia muito mais prudência”, diz autarca de Famalicão

Paulo Cunha critica governo na abordagem ao novo confinamento geral. Diz que anda "a duas velocidades".

Paulo Cunha admite ter ficado “surpreendido” com o facto de o governo não ter optado pelo ensino à distância, pelo menos para os alunos mais velhos.

Ouvido esta quinta-feira pela RUM, o presidente da Câmara Municipal de Famalicão sublinhou que o número atual de infetados exigia muito mais prudência por parte do governo. “O que foi surpresa foi o não confinamento em setores como a educação”, referiu. 

Na opinião do autarca, o governo devia avançar para o ensino à distância para os alunos mais velhos até porque desta vez a situação  “é bastante mais grave do que em março e abril do ano passado”. 

“Não compreendo. Isto vai trazer sobrecarga aos transportes públicos, o espaço dentro da escola vai continuar congestionado e isso trará consequências nefastas num combate à covid-19 que se queria que fosse eficaz”, argumentou.

O autarca social democrata acusa ainda o governo de trabalhar “a duas velocidades”, referindo que anuncia o encerramento deixando as pessoas “numa incerteza medonha”, quando devia apresentar “medidas de compensação à altura e tomadas com a mesma energia como são as medidas de encerramento”.

Paulo Cunha disse ainda compreender a posição dos feirantes vendedores de vestuário e calçado que solicitaram ao governo que impeça supermercados e hipermercados de venderem estes produtos. O autarca de Famalicão avisa que as grandes cadeias “não têm que mudar uma fila nos seus procedimentos”, lembrando “filas estreitas, bancadas enormes e sem condições de afastamento”, ao contrário do que foi exigido nos mercados municipais, por exemplo.

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Elsa Moura
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