Novo mega centro de logística da Torrestir levanta questões a moradores de Vilaça

O novo mega centro de logística da Torrestir, em Vilaça, está a levantar questões junto quer do presidente da junta como dos moradores. O assunto foi abordado por uma moradora durante a reunião descentralizada do executivo municipal de Braga, esta segunda-feira, em Fradelos.
Em causa está uma área de quase 10 mil metros quadrados onde irá nascer um armazém, escritórios, oficinas, um espaço de crossdocking e serviço de logística próprio. O projeto está orçado em aproximadamente 5 milhões de euros e foi considerado de interesse público, uma vez que é apresentado como de carater inovador e poderá estar em cima da mesa a criação de cerca de 200 postos de trabalho.
Ora, Angélica Noversa, moradora da freguesia de Vilaça, que já havia questionado o executivo municipal sobre o processo através de email, levantou dúvidas sobre se foram cumpridos os requisitos na aprovação do projeto “como de interesse público”.
Na sua exposição pública, a moradora deixou clara a sua preocupação com a possibilidade desta empreitada vir a aumentar a impermeabilização dos solos o que irá contribuir para mais fenómenos extremos, neste caso em específico cheias. Algo que vem afetando a população da zona mais baixa da freguesia. Outra das questões está relacionada com as acessibilidades e poluição sonora, visto que não estão previstas novas estradas para servir o complexo o que irá contribuir para a degradação das vias. “Só quando estiver o projeto aprovado é que será avaliada a necessidade de uma intervenção”, questiona.
Questionado pela RUM sobre esta questão, o presidente do Município de Braga, Ricardo Rio, refere que o assunto será discutido na próxima reunião de câmara, uma vez que as questões levantadas pela moradora foram também endereçadas pela união de freguesias de Vilaça e Fradelos.
O edil frisa que o projeto foi apreciado pela IP – Infraestruturas de Portugal – e as estruturas técnicas da Câmara de Braga. Ricardo Rio acrescenta que caso se venha a verificar, a título de exemplo, “uma sobrecarga do trânsito que não é comportada pelas vias existentes, isso poderá justificar uma intervenção complementar, mas neste momento não foi necessária para viabilizar o projeto”.
A reunião descentralizada, que decorreu em Fradelos, ficou marcada por uma considerável participação do público.
