Novo livro de Alfredo Cunha retrata os “anjos” ocultos de Braga

Um retrato da alma bracarense. É assim que Felisbela Lopes descreve o livro “Rua do Anjo, 1996-2022, Fotografias de Alfredo Cunha”. A docente da Universidade do Minho, responsável pelos textos da obra, foi o “fio condutor” do trabalho que retrata não só a Semana Santa de Braga como os múltiplos contrastes da cidade bimilenar.
O novo trabalho de Alfredo Cunha foi apresentado esta sexta-feira santa, na Casa dos Crivos, onde está patente até 11 de junho uma exposição do conceituado fotografo composta por 24 imagens que acabam por levantar o véu sobre o que pode ser encontrado no livro.
O trabalho surgiu de um desafio do Município de Braga e contou com o apoio do mecenas dstgroup. A edição é da editora Tinta da China.
Além da Semana Santa, o conjunto de 230 fotografias, tiradas ao longo de 30 anos de carreira, demonstra a componente intergeracional, rural e urbana, desportiva, sindical e académica da cidade dos arcebispos.
Aos microfones da Universitária, Alfredo Cunha revela que esta viagem começou precisamente pela rua que dá o nome ao livro caminhando depois para um retrato global dos bracarenses inesgotável, nas palavras do presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio.
Nas paredes da Casa dos Crivos assim como no livro os leitores ou visitantes são convidados a procurar “anjos” no quotidiano das gentes minhotas quer seja na esplanada do emblemático Café Brasileira, passando pela peregrinação ao Sameiro ou na Rua dos Chãos. Alfredo Cunha adianta que tentou, ao longo deste trabalho, com o guia dos textos da docente da Universidade do Minho, Felisbela Lopes, “abranger o maior número possível de atividades”.
Segundo o fotografo, a exposição tem sido um “sucesso” com inúmeros bracarenses a reconhecerem-se ou a familiares nas telas deste que é, simultaneamente, um “retrato sociológico” das gentes de Braga.
