Novo Erasmus+ quer ser mais inclusivo e “chegar a jovens de todas as classes e geografias”

O programa Erasmus+ para o quadro plurianual de 2021-2027 pretende ser mais inclusivo e apoiar a transição verde e digital.
O programa foi lançado oficialmente esta quinta-feira pela Comissão Europeia e terá uma dotação de 26,2 mil milhões de euros, quase o dobro do financiamento do período entre 2014-2020, o qual foi financiado com 14,7 mil milhões de euros.
À RUM, o diretor da Agência Nacional Erasmus+, Luís Alves, sublinha que reforço do orçamento do Erasmus + dá um “sinal político” de que “as políticas de juventude valorizam a construção europeia”, lembrando que o aumento de verbas acontece num altura de pandemia, em que a União Europeia foi obrigada a apoiar os países através da chamada bazuca.
Sobre o novo programa de intercâmbio, o responsável explica que uma das principais prioridades passa pela “promoção da igualdade de oportunidades em função de critérios vastos”, frisando que o programa quer chegar “a todos jovens, independentemente das suas circunstâncias económicas e geográficas ou de outras barreiras que impeçam o acesso ao programa”.
Tal como no passado, o programa de intercâmbio de estudantes vai continuar a oferecer períodos de estudo e estágios no estrangeiro. Além do maior inclusão, o Erasmus + vai também apostar “na luta contra as alterações climáticas através de uma agenda verde e da transição digital, de uma forma socialmente justa”, refere Luís Alves.
Novo Erasmus+ integra interrail para jovens de 18
O novo programa plurianual vai também integrar a iniciativa-piloto DiscoverEU, que nos últimos dois anos oferecia a possibilidade de um interrail gratuito a jovens de 18 anos. A iniciativa será agora gerida, em Portugal, pela Agência Nacional.
“A ideia é distribuir passes de comboio para que os jovens experimentem o projeto europeu na primeira pessoa, para descobrirem a diversidade cultural da Europa”, esclarece Luís Alves, assinalando que a iniciativa terá também um cariz mais “inclusivo, podendo chegar a jovens que, no passado, tinham dificuldades económicas em aceder a esta oportunidade”.
