“A Oficina é o maior e melhor projeto de arte e cultura do país”

O diretor executivo dA’Oficina quer que “Guimarães seja o epicentro da arte e da cultura em Portugal”. A intenção foi proferida, esta terça-feira, durante a apresentação da programação da cooperativa vimaranense para o terceiro quadrimestre de 2023.


Para Hugo Tavares de Freitas trata-se do “maior e melhor projeto de arte e cultura do país, no que diz respeito às artes performativas, visuais e património”“Temos uma missão e uma responsabilidade muito grande na criação e no encontro dos jovens talentos em Portugal”, aponta, sublinhando que, no seu entender, “as atuais estruturas permitem a que jovens talentos de todo o país possam trabalhar e apresentar as suas obras em Guimarães”.

O Teatro Oficina dá as boas-vindas à nova temporada com várias propostas que navegam entre a criação e a formação. As Oficinas do Teatro Oficinaque nesta temporada aportam várias novidades e se organizam em três níveis, em função de escalões etários, os Encontros de Dramaturgia com Patrícia Portela e o Ensaio Aberto do projeto ‘A missa acabou’ de Ana Sampaio e Maia e Sérgio de Brito são os destaques do diretor artístico Mickaël de Oliveira.

O encenador e dramaturgo destaca ainda a sua primeira criação, intitulada ‘Ensaio Técnico’, que subirá ao palco de 4 a 7 de outubro. “É inspirada no pressuposto do novo projeto artístico para o Teatro Oficina, que privilegia a criação artística nos seus processos de partilha”, revela.

Artes Visuais no Centro Internacional das Artes José de Guimarães

O Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) inaugura um novo ciclo de exposições no dia 30 de setembro, com a mostra ‘Cifra’, de Dayana Lucas, e os projetos dos quatro vencedores dos Laboratórios de Verão 2023, um projeto conjunto com o gnration, de Braga. Para Marta Mestre, diretora artística do CIAJG, trata-se do “ponto alto da nova temporada”.

Bárbara Fonte, Lucas Carneiro e Manuel Costa, Cláudia Cibrão e Guache vão ver os seus projetos expostos na cidade berço, até 28 de janeiro. “São artistas que estão no início da carreira e que queremos acompanhar”, aponta. Já a exposição ‘Cifra’, de Dayana Lucas, que ficará patente até abril do próximo ano, apresenta, segundo Marta Mestre, “uma visão pouco convencional daquilo que podemos entender como desenho”. 

“As exposições do CIAJG têm essa marca. São sempre criações novas, exposições feitas de raiz”, salienta, acrescentando que o que distingue a programação do CIAJG com a dos outros museus, “é o trabalho realizado a partir das suas próprias coleções e da capacidade de falar do mundo de hoje, das questões da diversidade, da exclusão, da imigração e de trânsitos”.

Em novembro, o CIAJG recebe ainda os ‘Primeiros encontros’, dedicados à população migrante residente em Guimarães.

Artes Performativas no Centro Cultural Vila Flor

No que toca às artes performativas, concentradas no Centro Cultural Vila Flor (CCVF), a programação arranca já esta sexta-feira com o Manta. Tristany e Lura atuam no primeiro dia e Aline Frazão e Nancy Vieira, no sábado.

Ainda este mês, o CCVF celebra 18 anos com o espetáculo ‘Cascas d’Ovo’ de Jonas&Lander, Gabriel Prokofiev e Mr Switch com a Orquestra de Guimarães e um concerto de Pedro Mafama. Para o diretor artístico do CCVF, Rui Torrinha, trata-se de um “grande momento”.

No âmbito do aniversário, o CCVF vai ainda acolher a estreia de ‘Palco Principal’, do coletivo SillySeason. “É uma peça interessante”, diz Rui Torrinha, “porque cruza diferentes gerações de atores”.

‘Campo Força Chama’, de Josefa Pereira (uma das vencedoras da primeira edição do projeto CASA), Cinematic Orchestra, Jazzanova, a 10.ª edição do Mucho Flow, o 32.º Guimarães Jazz, a coreografia ‘Onde está o relâmpago que vos lamberá as vossas labaredas’, de Joana von Mayer Trindade e Hugo Calhim Cristóvão, e a peça ‘As Castro’ de Raquel Castro são outros dos destaques dos próximos quatro meses. 

Artes Tradicionais na Casa da Memória de Guimarães

Já as artes tradicionais concentram-se na Casa da Memória de Guimarães (CDMG). Catarina Pereira, diretora artística, destaca o lançamento da Veduta, uma revista com as iniciativas realizadas ao longo do ano, e a última sessão dos ‘Colóquios Simples’ que terá lugar a 13 de outubro. “É um programa sobre a sustentabilidade ambiental, inspirado no trabalho renascentista de Garcia de Orta”, afirma. 

Catarina Pereira destaca ainda a continuidade do projeto Remoinho, uma iniciativa sobre os moinhos vimaranenses e a arte do fabrico do pão.

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Catarina Martins
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