Nova presidente da AAUMinho é estudante de Medicina
Margarida Isaías, estudante do sexto ano de Medicina, será a 32ª presidente da Associação Académica da Universidade do Minho.
A bracarense de 23 anos envolveu-se no associativismo quando frequentava o segundo ano do curso e desde então nunca mais parou, ocupando o cargo de presidente adjunta na direção de Duarte Lopes. A frequentar o sexto ano de Medicina, a jovem decidiu abraçar um desafio que, sabe de antemão, exigirá uma atenção maior à Associação Académica da Universidade do Minho em detrimento do curso que está prestes a terminar.
Representando uma lista (A) de continuidade ao trabalho realizado pela equipa de Duarte Lopes na direção da AAUMinho, Margarida Isaías será a segunda mulher a presidir à estrutura. A primeira foi Cacilda Moura, nos inícios da década de oitenta.
Na noite de terça-feira, os microfones da RUM depois de conhecidos os resultados, disse estar “muito satisfeita” com o resultado. “É o culminar de todo o trabalho que temos vindo a desenvolver. Agora temos a responsabilidade enorme de ir de encontro ao que desenhamos (para 2023)”, afirma.
Sobre as prioridades para o novo mandato, Margarida Isaías garante que a “reivindicação política” estará sempre em cima da mesa, à semelhança da “dimensão ligada às atividades e complementação da formação académica dos estudantes”.
Lamentando a taxa de abstenção, que superou os 84%, a estudante, a par da sua direção, comprometem-se a intensificar o trabalho de comunicação junto da comunidade académica.
“Espero que daqui a uns anos isto não seja motivo de conversa, mas sim algo normal”
Nas eleições realizadas esta terça-feira, a candidata da lista A venceu com 2.350 votos (82,51%) derrotando Inês Castro, da lista M, que obteve 359 (12,61%). Depois de Cacilda Moura nos inícios da década de 80, nunca mais uma mulher ocupou o cargo de representante máxima dos estudantes da academia minhota.
Ainda assim, este é um facto que Margarida Isaías prefere não valorizar em demasia. “É surpreendente”, mas em simultâneo “natural”, que a liderança feminina na Associação Académica seja uma tendência. “Espero que daqui a uns anos isto não seja motivo de conversa, mas sim algo normal”, aponta.
