Nova liderança do PS Braga. Gastos, autárquicas e o “erro político de Hugo Pires”
A nova liderança da concelhia do Partido Socialista em Braga esteve em discussão no programa de debate político da RUM, ´Praça do Município`. No passado fim-de-semana, Pedro Sousa obteve 786 votos dos militantes do PS do concelho, face aos 516 conseguidos pela lista de José Pedro Machado, apoiado por Artur Feio e Hugo Pires, este último candidato à Câmara Municipal de Braga em 2021.
Jorge Cruz espera que o partido saia revitalizado desta eleição. Quanto à possibilidade de Pedro Sousa vir a ser candidato às autárquicas de 2025, em vez de Hugo Pires, o comentador aponta essa decisão para o futuro, apesar de alertar para o facto de Hugo Pires ser identificado pelos bracarenses como deputado e não como vereador. “Pode ser uma fragilidade. Isso tem custos políticos”, declara.
Na vereação, acredita que a linha será para manter apesar dos ventos de mudança. “Pedro Sousa critica Ricardo Rio por não cumprir o que se comprometeu a fazer no programa eleitoral, por isso, é óbvio que os eleitos (do PS) têm de cumprir o programa que foi a sufrágio e mereceu os votos dos bracarenses”, afirma o comentador.
“Impressionante” foi a palavra escolhida por João Granja para descrever a campanha de Pedro Sousa, uma vez que na opinião do comentador, esta “parecia uma campanha quase autárquica em termos de dimensão e investimento”. Granja lança mesmo no debate a questão sobre os patrocínios que poderão estar por detrás destes eventos. Recorde-se que, o agora presidente da concelhia do PS, contou durante a campanha com a presença e apoio do cantor Marco Paulo.
Em relação a um possível “abreviar” do calendário do PSD devido ao posicionamento de Pedro Sousa para as próximas autárquicas, o comentador garante não fazer sentido, visto que os partidos têm calendários próprios. Este será um tema para a próxima concelhia do PSD que será eleita, de acordo com o atual líder que não avança se irá tentar a reeleição, no final do ano.
Já Carlos Neves prevê “tempos animados na política em Braga” com a liderança de Pedro Sousa quer dentro do Partido Socialista quer do lado da coligação ´Juntos por Braga`, uma vez que novos protagonistas significam “novas ambições” e, possivelmente, mais oposição e alternativas que Carlos Neves defende “não têm existido”.
O comentador considera um “erro político” Hugo Pires não ter avançado na corrida à liderança do PS Braga, em vez de José Pedro Machado, o que acabou por dita, na sua ótica, uma derrota política.
