Norte de Portugal e Galiza receberam 500 ME via fundos europeus em sete anos

989 projetos com base no Norte de Portugal e na Galiza foram apoiados por fundos europeus através de três programas de financiamento no último quadro comunitário de apoio. Supervisionados pela Estratégia de Especialização Inteligente Transfronteiriça da eurorregião (RIS3T), os dados foram apresentados esta terça-feira numa sessão online organizada pela Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

A RIS3T, a primeira estrutura deste tipo a nível europeu, define um quadro de cooperação estratégico que, no âmbito das políticas de inovação, possa mobilizar novas iniciativas de forma a aumentar a captação de fundos comunitários. Sob a chancela dos programas POCTEP, Espaço Atlântico e Horizonte, a eurorregião recebeu 495 milhões de euros no período 2014-2020.

Perspetivando o próximo quadro comunitário de apoio, António Cunha, presidente da CCDR-N, considera que, “mais do que nunca, o foco deve estar na conversão do potencial de geração de valor e riqueza em criação de emprego de qualidade e no desenvolvimento de melhores condições de vida para as populações”.

Já a secretária de Estado da Valorização do Interior refere que a eurorregião formada pelo Norte de Portugal e pela Galiza tem sido uma “inspiração” e um “exemplo” para os outros territórios. “Ascendeu já ao nível superior da internacionalização das estratégias de especialização inteligente, com um reconhecimento da Comissão Europeia como uma excelente prática de cooperação transacional”, acrescenta Isabel Ferreira.


No próximo quadro do Interreg, Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, onde se incluem os programas de apoio POCTEP e Espaço Atlântico, estão previstos 8,05 mil milhões de euros para a totalidade dos estados-membros.

Portugal e Espanha ainda têm “espaço para crescer”, segundo a Agência Nacional de Inovação

Depois deste primeiro período de implementação da Estratégia de Especialização Inteligente Transfronteiriça Galiza-Norte de Portugal, as áreas prioritárias mantêm-se para os próximos sete anos, ainda que com algumas adaptações: energia e economia do mar, sistemas agroalimentares, floresta e biotecnologia, indústria sustentável e digital, mobilidade sustentável e energia, turismo e indústrias criativas e vida saudável e envelhecimento ativo.

De acordo com a presidente da Agência Nacional de Inovação, as duas regiões estão a “evoluir positivamente” nesta área, acompanhando a tendência dos respetivos países. Na escala de inovação da União Europeia, European Innovation Scoreboard, Portugal está na secção dos países fortes em inovação, o segundo nível mais alto, enquanto Espanha aparece num patamar abaixo, como uma nação com índice de inovação moderada.

Joana Mendonça considera, ainda assim, que estes territórios têm “espaço para crescer face àqueles que são os valores da União Europeia, nomeadamente ao nível da própria colaboração entre as regiões, onde ainda há algumas fragilidades”.

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Tiago Barquinha
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