Norte acima da média nacional e abaixo da média europeia no setor da inovação

A região Norte tem feito “um percurso muito notável”, mas o investimento na formação e na investigação “não se reflete” no desempenho em inovação e impacto económico. A conclusão é de um estudo elaborado pela Tecnhopolis Portugal, ao abrigo do programa Norte 2020 e com a chancela da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional, apresentado, esta terça-feira, no Teatro Jordão, em Guimarães.


Augusto Ferreira, responsável pelo trabalho sobre sistemas regionais de inovação e estratégias de especialização inteligente – desenvolvido entre janeiro e maio deste ano – fala em “sinais positivos”, através de dimensões como o investimento em I&D e capital humano qualificado. Contudo, as consequências, neste momento, “ainda não são as desejáveis”, com níveis de rendimento per capita inferiores ao resto do país e à União Europeia.


Numa análise global, que teve em consideração mais de 20 indicadores, o managing partner da Technopolis Portugal assinala que o Norte está acima da média nacional e abaixo da média europeia. Contribuem para esse cenário intermédio vertentes como a despesa em I&D e inovação e os pedidos de patentes internacionais. 


As dimensões que se destacam – superior à média nacional e europeia – são a propriedade intelectual relacionadas com marcas e design, venda de produtos inovadores, publicações científicas internacionais e emissões de partículas finas. Em sentido contrário, “as principais debilidades” são variáveis como a aprendizagem ao longo da vida e todos os indicadores que envolvem pequenas e médias empresas e inovação (emprego e inovação dos produtos e do respetivo processo).

O Norte conta com mais de 120 instituições de ensino superior e infraestruturas ligadas ao sistema científico e tecnológico, “um sistema rico e muito diversificado”, atendendo à “dimensão da região”. No entanto, esse ecossistema está “muito concentrado” na Área Metropolitana do Porto e no distrito de Braga, algo que se reflete também na alocação de recursos, o que coloca “desafios acrescidos ao desenvolvimento de territórios de baixa densidade”.


O estudo aponta algumas sugestões para melhorar o setor da inovação no Norte. Em conjunto com os centros tecnológicos e instituições de Ensino Superior, a responsabilidade deve recair sobre o Conselho Regional de Inovação, criado em 2017. Nesse sentido, sugere a implementação de uma direção executiva e de grupos de trabalho para missões locais, em colaboração com as respetivas comunidades intermunicipais.

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Tiago Barquinha
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