Norte 2020 já rendeu 869 milhões de euros de investimentos no quadrilátero

O Programa Operacional Norte 2020 já permitiu um investimento de 869 milhões de euros no quadilátero urbano. Os números foram avançados à RUM pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N), António Cunha.
Em Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Barcelos já foram apoiados “1897 projetos” e disponibilizados apoios, do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e do Fundo Social Europeu, na ordem dos 764 milhões.
Em causa estão projetos que envolvem empresas, municípios, instituições de ensino superior e de I&D, organismos da administração pública e entidades do setor social, bem como associações de diversa natureza.
De acordo com António Cunha, até 31 de dezembro, estavam executados 62% do Norte 2020, sendo expectável que, até ao final deste ano, a execução dos fundos suba para 82% e, no decorrer de 2023, tenhamos 100% do fundo executado. Este é, de resto, um dos grandes objetivos e metas que a CCDR-N deseja alcançar em 2022.
Para o presidente da CCDR-N, o quadrilátero urbano assume uma importância relevante para o Norte do país.
“São quatro concelhos extremamente exportadores, de uma centralidade importantíssima na região, quer em termos demográficos, quer em termos do sistema regional de inovação, que, depois do Porto, assume uma segunda centralidade em torno do eixo Braga- Guimarães, sendo que se denota já um aumento significativo em Barcelos e Famalicão. É uma zona onde os projetos são muito diversificados”, referiu.
Em termos gerais, António Cunha reconhece o “impacto muito grande” do programa na região, destacando “o salto em termos educacionais, na última década”. “Estamos nos valores médios europeus, em alguns casos ligeiramente superior, seja no abandono escolar, nas taxas de sucesso no secundário ou na percentagem de jovens, dos 18 aos 24 anos, que estão no ensino superior”, exemplificou. Quando a realidade é comparada a nível nacional, o Norte apresentava, há 10 anos, “valores mais baixos do que outras regiões do país e hoje assume uma posição igual ou superior”, o que significa que “o Norte deu um salto ainda maior”.
Se, no passado, as exportações de têxtil e calçado assumiam um peso bastante relevante na região, na ordem dos 32%, hoje, rondam os 21%. “Crescemos imenso em produtos de maior complexidade, um dos casos é a eletrónica automóvel, e deixamos de ser uma região monoindustrial e somos uma zona já mais diversificada”, adiantou.
O presidente da CCDR-N foi o convidado desta semana do Campus Verbal, uma grande entrevista que já pode ser ouvida aqui.
