Noite Branca abre museus à cidade até à 01h00

“Não é todos os dias” que uma cidade abre as portas dos seus museus e espaços culturais com programação de acesso gratuito, mas é já uma garantia a cada edição da Noite Branca de Braga. A festa que todos os anos leva a cidade a vestir de branco, também se faz em museus, galerias de arte e salas de espetáculo. Entrar no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa e aproveitar uma das várias visitas guiadas é uma das múltiplas sugestões que o programa tem para oferecer. E é neste mesmo espaço museológico de referência nacional que, entre esta sexta-feira e domingo, qualquer um de nós pode entrar numa sala cujas paredes são uma tela em branco à espera de artistas de palmo e meio, pais e avós, amigos e vizinhos que aproveitam muitas vezes este fim-de-semana para uma saída em grupo diferente do comum.
Pede-se “que a chuva não estrague a festa”. Na manhã desta sexta-feira, a poucas horas do arranque oficial do evento que se estreou na cidade dos arcebispos em 2012, a RUM andou pelas ruas da cidade e entrou no Museu dos Biscainhos, ‘a dois passos’ do Arco da Porta Nova, e com um imenso jardim que, certamente, acolherá a estreia de muitos bracarenses e turistas nas próximas horas. Reuniões de equipa, finalização de detalhes de última hora e boa disposição também são pontos importantes para quem nestes dias vai receber visitantes, responder a perguntas, tirar dúvidas e acompanhar ao longo de um percurso que também pode e deve ser feito de forma livre e descomprometida, em salas que fazem parte da história e que mostram a história da cidade.
“Vale sempre a pena circular pelos espaços. As entradas são gratuitas e livres e é mais uma oportunidade, nem que seja para fazer uma pausa de um concerto”, começa por sugerir Maria José Sousa, conservadora do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa. Filipe Ferreira, técnico superior de mediação cultural no Museu dos Biscainhos completa a deixa: “é uma oportunidade para visitar este espaço à noite, que é muito raro”, sugere.
Nas Termas Romanas do Alto da Cividade, o horário também é alargado, mas as visitas guiadas acontecem em horários específicos e com um máximo de trinta pessoas por grupo.
No gnration, aberto até à meia-noite, na sexta-feira e no sábado, é possível conhecer os resultados de mais uma edição dos Laboratórios de verão. Este ano, as criações artísticas foram desenvolvidas numa parceria com o Centro Cultural das Artes José de Guimarães.
A Galeria do Paço é outra das opções no roteiro cultural, neste caso, direcionada para famílias com bebés. No espaço é possível explorar a instalação artística ‘O Ovo’, que propõe estimular sensorialmente bebés, dos três meses aos três anos, em interação com o meio – através do mundo sensorial, do som, da luz e da cor, da textura e da imagem, do objeto e da palavra – e da sua manipulação.
Numa outra artéria da cidade de Braga, na Av. Central, o Museu Nogueira da Silva, abre as portas para que todos possam visitar as diferentes coleções patentes neste espaço emblemático da UMinho.
Quem optar por entrar no Theatro Circo vai viajar “até 2025”, ano em que Braga será Capital Portuguesa da Cultura. A viagem no tempo será na forma de um jogo de tabuleiro à escala humana, direcionado para grupos e famílias com crianças. O objetivo do jogo é percorrer o tabuleiro até chegar à meta, respondendo a perguntas sobre Cultura, Braga, Portugal e Europa, e participando em divertidos desafios em grupo.
