“Ninguém vai perder o ano lectivo”. Governo trabalha solução de telescola

“Ninguém vai perder o ano, temos que salvar o ano, assegurando a todos a maior justiça na avaliação”, garantiu António Costa, esta quarta-feira, em entrevista ao programa da manhã da SIC, adiantando que a decisão das escolas reabrirem no 3.º período ainda não está tomada. A esse respeito decorrerá, no próximo dia 7 de Abril, uma reunião para uma nova avaliação, “com a previsão de um deferimento da abertura das escolas, não para o dia 15 de Abril, mas, por exemplo, para o início do mês de Maio”. O primeiro-ministro adiantou ainda que está a ser trabalhada “uma rede de segurança assente na televisão, para aumentar a acessibilidade”, já que nem toda a gente tem acesso, por exemplo, à internet. Além disso, sublinhou, o Governo continua “a estudar ao máximo as oportunidades da escola poder reabrir, na medida do possível”.
Sobre a renovação do estado de emergência, que deverá acontecer esta quinta-feira, o primeiro-ministro adianta que deverão ser adoptadas “medidas mais claras”, para evitar, sobretudo, aumento de circulação durante o período da Páscoa, seja pela saudade de familiares ou até pela saturação face às restrições e distanciamento social. “Vamos ter que apertar um bocadinho para ficar mais claro, temos que fazer o esforço agora para que isto dure o mínimo de tempo possivel”, frisou.
“Vamos ter que tomar algumas outras medidas que não foram tomadas até agora, há medidas que vamos ter que tomar em sentido contrário”, afirmou.
“Nós temos estado a apoiar directamente salários a fundo perdido. Ontem, já tínhamos 76 mil trabalhadores abrangidos pelas medidas do lay-off, em dois dias que esteve disponível o requerimento”, afirmou Costa.
O primeiro-ministro alertou ainda para o facto de o mês de Abril ser “perigosíssimo”, também devido às férias da Páscoa. “Não conseguimos ter uma polícia em cada rua. Tem de haver disciplina. As pessoas não podem ir à terra. Não podem ir visitar os seus familiares. Os emigrantes não devem vir”, apelou.
