A Câmara Municipal e a Associação Empresarial de Braga (AEB) esperam que o Vinho Verde Fest 2023 supere o número de visitantes do ano passado, 50 mil. Além disso, a organização espera que sejam servidos cerca de 30 mil copos de vinho, assim como o escoamento de 15 mil garrafas.

Para a décima edição, que se realiza entre os dias 7 e 9 de julho, no sentido de se tornar na “melhor de sempre”, existem novidades. O local volta a ser os jardins da Avenida Central, embora a disposição dos stands, cruzando 31 produtores de vinho e 11 barracas de street food, seja diferente.

O diretor-geral da AEB explica que haverá “uma pequena alteração do layout”, além de “alargar a área ocupada”, que vai compreender o espaço entre o chafariz e a zona do palco. “Todos os expositores e produtores de vinhos vão ficar virados de frente para a parte da street food. O objetivo é que se comunique o vinho e a comida com maior facilidade, mas também melhorar a circulação das pessoas”, desenvolve Rui Marques.

“Por causa do calor”, que se torna “incómodo para expositores e visitantes”, na sexta-feira e no sábado, o evento arranca duas horas mais tarde que o habitual, às 18h, mantendo-se às 16h no domingo. O encerramento não sofre alterações: às 02h nos primeiros dois dias e às 24h no último.

Já o preço tabulado para o copo de vinho deixa de ser uniforme, havendo agora um intervalo de valores entre um e quatro euros. A ideia é ter “melhores vinhos em degustação”, já que, “quando existia uma quantia única (um euro), os produtores colocavam os vinhos mais correntes, de entrada”. A aquisição do copo mantém-se nos dois euros. Para lá das provas de vinho horizontal, o evento conta com a entrega de prémios, showcooking, tertúlias e as presenças dos dj’s Miminho, Bazuuca e Vitor Henrik e da banda Os Bolha.

Produção de vinho verde tem aumentado em Braga

O presidente da AEB destaca a importância deste evento no sentido de “dinamizar os vinhos verdes” e “promover os produtores locais”, assim como os territórios representados. Além disso, sinaliza, será benéfico para outros negócios porque os visitantes vão “usufruir de restaurantes, cafés e hotelaria”.

A Câmara de Braga apoia a realização da iniciativa com 15 mil euros. O vereador com o pelouro do Desenvolvimento Rural lembra que o concelho foi pioneiro na organização de eventos relacionados com esta temática, mesmo “não sendo um grande produtor de vinho verde”. 

Ainda assim, Altino Bessa enaltece que existem "cada vez mais investidores a plantar vinha”. “É uma coisa que não acontecia há dez anos. Não tenho dados para isso, mas era capaz de dizer que a produção de vinho verde no concelho de Braga mais que duplicou nesse período”, refere, fazendo uma alusão ao início do Vinho Verde Fest.

Juntando os concelhos da região, foram exportados mais de 32 milhões de litros de vinho verde em 2022, com um valor global na ordem dos 82 milhões de euros, o que constitui o melhor ano de sempre. Os principais mercados são Alemanha, Polónia, Brasil e Estados Unidos da América. Para o diretor operacional do Turismo Porto e Norte, o vinho verde e o enoturismo são “ativos que promovem a região”. Marco Sousa considera que o evento bracarense acaba por ser “uma âncora” na prossecução desse desígnio.