A Universidade do Minho vai ver o seu orçamento reforçado em 6,5 milhões de euros. A informação foi avançada aos microfones da RUM pelo reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, à margem da receção aos participantes da Staff Week, esta quarta-feira.

Recorde-se que o Governo anunciou que concretizou, esta terça-feira, um reforço de quase 67 milhões de euros no orçamento das Instituições de Ensino Superior (IES), garantindo que cumpriu integralmente os compromissos constantes do Contrato de Legislatura 2020-2023.

Em reação, o responsável máximo da UMinho considera esta medida como um duplo reconhecimento, visto que descrimina, no sentido positivo, as academias que ao longo dos últimos anos têm sido subfinanciadas e, simultaneamente, compensa as mesmas pelos impactos externos, nomeadamente, a inflação dos últimos meses.

Para Rui Vieira de Castro esta medida "visa sobretudo fazer convergir o financiamento destas instituições com a média de financiamento de todas as instituições de ensino superior".

O reitor deixa uma palavra de reconhecimento à Ministra do Ensino Superior, Elvira Fortunato, pois "cumpriu com o que tinha definido como sendo orientação".

UMinho já está a trabalhar no orçamento para 2024.

Na próxima semana, está prevista uma reunião entre a tutela e o CRUP - Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas - para apresentação dos critérios a adotar para a preparação do orçamento do próximo ano letivo.

Questionado sobre se está otimista em relação ao novo modelo de financiamento, que deverá ser conhecido no final do mês de julho, Rui Vieira de Castro declara que sim, contudo, acredita que este será um modelo aberto, no sentido em que , será necessário prever um tempo de "progressiva transformação do modelo".

"Estou otimista por verificar o que foram os critérios que operaram neste financiamento complementar às instituições", conclui.

Recorde-se que, em 2023, a UMinho contou com um orçamento de 185 milhões de euros, um aumento de quase 22 milhões face ao ano anterior e 61 milhões em relação a 2018.

Quase 28% dos alunos da UMinho são bolseiros.

O reitor da UMinho acredita que este poderá ser um momento de viragem também para os Serviços de Ação Social, uma vez que, em cima da mesa está a possibilidade de financiar os serviços com especial foco em dois fatores: o número de estudantes e o número de bolseiros dentro de cada instituição.

Segundo o Relatório de Atividades e Contas Consolidadas da UMinho, apresentado na última reunião do Conselho Geral da instituição, os Serviços de Ação Social (SASUM) continuam em terreno negativo, porém, com melhorias em relação a 2021, passaram de um resultado negativo de 834 mil euros para 89 mil euros.

Dos 20.418 alunos da Universidade do Minho, 5.701 são bolseiros, o que equivale a 27,92%. A academia integra o lote de instituições com maior atribuição de bolsas, liderado pela Universidade da Madeira, com 42,21% de estudantes bolseiros.