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Ariana Azevedo

Nacional 21.04.2025 08H26

Rui Rocha admite eventual acordo com a AD, mas garante: “Não houve qualquer conversa”

Escrito por Ariana Azevedo
Hipótese admitida pelo líder da Iniciativa Liberal que, em entrevista à RTP, garantiu querer "contribuir para a estabilidade do país". Ainda assim, assegurou que até ao momento "não houve qualquer conversa com a AD".
Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, em entrevista à RTP:

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O presidente da Iniciativa Liberal (IL) admitiu, este domingo, a disponibilidade do partido para fazer parte de um futuro executivo com a Aliança Democrática (AD), embora tenha assegurado que, até ao momento, não houve qualquer diálogo formal com os sociais-democratas.


“Queremos contribuir para a estabilidade do país”, afirmou. “Claro que estar no Governo traz maior capacidade de influenciar essas políticas”, acrescentou, esclarecendo que “não houve qualquer conversa com a AD”.


Rui Rocha defendeu que a entrada da IL no Executivo deve ser encarada como uma oportunidade de transformação. “O importante é que haja uma agenda reformista e que uma eventual presença da Iniciativa Liberal no Governo seja tida como uma forma de transformação do país e de sentido de responsabilidade”, afirmou.


Entre as condições que a IL coloca para apoiar um eventual entendimento governativo estão a modernização do Estado, uma redução da carga fiscal sobre empresas e famílias, e reformas estruturais nos setores da saúde e da habitação.


“Não podemos continuar a viver num país com uma crise profundíssima na habitação e a área da saúde tem de ser um desígnio para a legislatura”, defendeu.


Confrontado com a proposta liberal de redução de impostos, Rui Rocha explicou que essa medida será viabilizada através da racionalização do Estado. “A proposta de racionalização do Estado permite sermos mais ambiciosos no corte de impostos”, justificou.

“Onde vamos recuperar essa receita? Por via da aceleração da atividade económica”, esclareceu.


No que diz respeito à administração pública, o líder liberal apresentou uma proposta assente na substituição gradual de funcionários que se reformem. “Temos um programa que diz que por cada duas pessoas que reformem na administração pública, nós admitimos uma pessoa”, afirmou, frisando que não estão previstos despedimentos.

“Não estamos a propor despedimentos na administração pública. É por reforma”, sublinhou, acrescentando que a meta é reduzir anualmente entre dez a 15 mil funcionários públicos. 


Segundo Rui Rocha, essa estratégia permitiria uma poupança de cerca de 1.500 milhões de euros no final da legislatura. “O que leva ao fim de uma legislatura a 1500 milhões de redução dos encargos do Estado”, apontou. 

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