Regional 23.06.2025 15H21
"Ricardo Rio falhou a Braga quando prometeu Parque Ecomonumental para 2025"
A crítica é dirigida ao presidente do município de Braga pelos três comentadores do painel de debate político da RUM 'Praça do Município': Carlos Almeida, João Granja e Jorge Cruz.
O presidente do Município de Braga, Ricardo Rio, foi criticado pelos comentadores do programa de debate político da RUM - Praça do Município, - incluindo João Granja, atual presidente da comissão política concelhia do PSD de Braga. Em causa o Parque Ecomonumental das Sete Fontes e a constatação de que o mesmo está ainda longe de ser um projeto concretizado, não só porque não estão adquiridas todas as parcelas necessárias, mas porque também não existe qualquer obra no terreno. A promessa atravessa todos os mandatos em que a coligação Juntos por Braga esteve no poder, mas a crítica atinge sobretudo o rosto do município de Braga desde 2013, Ricardo Rio.
"O Município está a ser gerido a duas vozes" - Carlos Almeida
O tema foi levantado por Carlos Almeida no programa da RUM de sábado passado, mas as críticas surgiram de todo o painel. Carlos Almeida afirma que está à vista que "não há parque" e cita as declarações recentes de João Rodrigues, vereador do Urbanismo e candidato da coligação à CMB. "Mas mais surpreendido fiquei quando João Rodrigues diz que quem apresenta um prazo para que o parque seja uma realidade, ou não sabe o que está a dizer ou está a mentir. Isto também nos leva a concluir que o município nesta data está um pouco a ser gerido a duas vozes", atira, considerando, no entando, que o que diz o vereador e candidato é "diferente, mas talvez mais realista".
Também por isso afirma que os cidadãos "foram enganados" pela maioria liderada por Ricardo Rio.
João Granja saiu em clara defesa do seu candidato, João Rodrigues, afirmando desde logo que não ficou surpreendido com as declarações do vereador. "Reconheço no João Rodrigues uma pessoa sensata e um jurista conceituado, respeitado e experiente. O que ele está a dizer é uma coisa correta. Perdeu-se muito tempo para definir uma estratégia de adquirir a propriedade dos terrenos, porque é fácil fazer vídeos, é fácil fazer projeções, depoimentos, um dos problemas mais complicados é o problema da transferência da propriedade", salientou.
Para o comentador, a maioria optou por um processo "mais complexo", a libertação gradual dos espaços seria também positiva, sugeriu.
Por seu turno, Jorge Cruz reafirmou a ideia que sempre transmitiu, a de que nunca acreditou na conclusão do processo até 2025. "Dizia e disse várias vezes que Ricardo Rio tinha mais olhos do que barriga. É um facto isto que acontece que é João Rodrigues sentir a necessidade de vir falar aos potenciais eleitores com verdade. Ele é que tem as orelhas a arder, a partir de agora, mesmo que com isso tenha que colocar menos bem o líder da coligação. Agora, é óbvio que o João Rodrigues está cheio de razão. Quem disser que isto vai ser feito para o mês que vem ou para o ano que vem, não sabe do que está a falar", sustentou.