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FOTO: CMBRAGA
Elsa Moura

Regional 07.04.2025 18H46

Região passa em julho a contar com pentágono urbano

Escrito por Elsa Moura
Aos concelhos de Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos junta-se agora Viana do Castelo. Protocolo entre os cinco municípios foi assinado esta segunda-feira na sede da CIM Cávado, em Braga
Protocolo de adesão de Viana do Castelo foi assinado esta segunda-feira em Braga. Declarações do presidente da CIM Cávado e do autarca de Viana

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Agora não é quadrilátero, mas sim pentágono. Viana do Castelo juntou-se a Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos na associação de municípios, designada há quase vinte anos como 'Quadrilátero Urbano'.


O protocolo entre os cinco munucípios foi assinado na tarde desta segunda-feira, na sede da CIM Cávado, em Braga e estima-se que em julho esteja em pleno funcionamento, após aprovação de alteração ao regulamento por parte dos respetivos municípios.


"Um dia histórico" para Viana do Castelo, assumiu o autarca Luís Nobre, ele que confidenciou que "era inevitável trazer dimensão atlântica ao quadrilátero". Assim, antecipa-se uma "economia azul alargada sabendo interpretar novas práticas", afirma.  Luís Nobre refere que a partir de agora é possível "partilhar e receber" apresentando "diferentes oportunidades", nomeadamente em domínios na área da economia azul, na certeza de que o "ecossistema industrial existente e a academia irão beneficiar deste alargamento".


O mar foi, aliás, evidenciado por todos os presentes. Ricardo Rio assume que sendo o mar "um vetor estratégico", agora "há novas oportunidades que se podem desenvolver no âmbito da economia azul". "O porto de Viana do Castelo é também algo de que este quadrilátero não dispunha e passará a haver uma maior articulação estratégica com o desenvolvimento dessa valência", disse. Mas há muitos "laços a estreitaru num futuro próximo", nomeadamente nas dinâmicas na área desportiva e na área cultural", acrescentou.


Ainda que a dimensão económica e a mobilidade tenham sido as áreas mais sublinhadas pelos autarcas presentes, na cultura assumem-se, desde logo, várias garantias, uma delas passa pelo cartão cultural que será alargado a Viana do Castelo. Já iniciativas emblemáticas realizadas no quadrilátero, nomeadamente o Festival Internacional de Circo Contemporâneo Vaudeville-Rendez-Vous e o Festival Square vão chegar ao Alto Minho assim como "outras que possam beneficiar da dinâmica e do potencial cultural que Viana do Castelo também tem", garantiu.


Para o autarca de Barcelos, Mário Constantino, "há muitos pontos de contacto e áreas para melhorar em conjunto" a começar pela rede de transportes. Esta abertura permitirá ainda "aproveitar as boas práticas de cada um dos concelhos" resultando num "território mais capaz, mais capacitado e com melhores ferramentas para o desenvolvimento".

Mário Passos, presidente do município de Famalicão, assinalou que agora será possível "potenciar sinergias existentes nos territórios" até porque "trabalhar em rede traz mais resultados". 


Domingos Bragança, presidente do Município de Guimarães, assume que "o aspeto mais importante é trazer o mar ao quadrilátero". Agora há que "articular capacidades e competências atribuindo escala para candidaturas a fundos do orçamento de estado, a fundos comunitários e fora dos quadros" comunitários. A mobilidade não foi esquecida. O socialista lembrou que com a ligação do BRT à alta velocidade, Viana do Castelo fica também mais próxima.



A região dá um sinal de alerta ao poder central


Ricardo Rio, presidente da CIM Cávado, explica que é uma chamada de atenção para o poder central. O social democrata considera que "esta afirmação de relevância é também um sinal de alerta para que os poderes públicos olhem para este território com outros olhos para verificarem o potencial que cá existe, o crescimento que aqui se tem registado". "Estes cinco concelhos e outros que nos circundam [constituem] uma das áreas mais dinâmicas do país em termos demográficos, económicos, culturais e sociais e com garantia daquilo que se pretende também, que é de oferecer qualidade de vida às pessoas", considerou, acrescentando que por tudo isto "é um modelo de desenvolvimento que deveria ser replicado noutra escala e que merecia outro apoio".


Questionado sobre as razões para este alargamento a Viana do Castelo não ter surgido mais cedo, Ricardo Rio assume que se trata de uma "convergência de vontades" no momento atual. O autarca de Viana fala num "tempo necessário para dialogar".


Segue-se a aprovação nas respetivas autarquias. Até ao final do julho o processo será finalizado com o início oficial do pentágono urbano previsto para agosto.

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