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Vanessa Batista

Regional 15.03.2023 12H12

Profissionais do Hosp. de Braga têm ´via verde` de apoio na Cáritas Arquidiocesana

Escrito por Vanessa Batista
Protocolo que foi assinado, esta quarta-feira, no Hospital de Braga, prevê ajudas ao nível da habitação, alimentação, entre outros. 
Declarações do coordenador da Comissão de Trabalhadores do Hospital de Braga, Camilo Ferreira e do presidente da Cáritas Arquidiocesana, João da Costa Nogueira.

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A partir desta quarta-feira, existe uma ´Via Verde` de resposta a situações de emergência social a profissionais do Hospital de Braga através da Cáritas Arquidiocesana. O protocolo foi assinado entre a Comissão de Trabalhadores da unidade hospitalar, o Conselho de Administração representado pela enfermeira Fátima Faria e a Cáritas Arquidiocesana de Braga.


O objetivo passa por agilizar apoios de forma anónima em várias áreas desde a habitação, passando pela alimentação, medicamentos ou violência.


Esta resposta surgiu devido a um ´grito de ajuda` de um funcionário que procurou auxílio junto da comissão. Camilo Ferreira, assistente operacional da unidade hospitalar e coordenador do grupo, não consegue, para já, quantificar o número de recursos humanos que poderão estar a passar necessidades. O responsável acredita, contudo, que serão dificuldades transversais junto dos funcionários que asseguram a limpeza do espaço e também entre enfermeiros.


Atualmente, a Comissão de Trabalhadores do Hospital de Braga conta também com uma parceria com o Virar a Página. "No primeiro dia receberam 10 pedidos de ajuda", revela aos jornalistas.


Do lado da Cáritas Arquidiocesana, o presidente, o Dr. João da Costa Nogueira, alerta para uma mudança no perfil das pessoas em situação de emergência social. Perto de 50% dos pedidos de ajuda chegam de pessoas que "estão a trabalhar", mas mesmo assim não conseguem ter "uma vida digna".


Em 2022, a associação chegou a 6.500 pessoas e alocou mais de 50 mil euros a apoios à renda. Um verdadeiro desafio para as contas da Cáritas, visto que só conseguem doar o que recolhem. "Temos uma tradição antiga na ajuda ao pagamento de rendas, mas quando antigamente falávamos em 300 euros, neste momento quando são necessários já rondam os 700", declara. Uma situação que obrigada a uma "enorme ginástica financeira".


A situação em Braga, de acordo com o responsável tem vindo a deteriorar-se, com pedidos a chegarem também de imigrantes de nacionalidade brasileira, venezuelana, entre outras.


Camilo Ferreira revela que o próprio Hospital de Braga tem tido dificuldades em contratar assistentes operacionais, uma vez que os contratos são de apenas seis meses. 

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