O presidente do CDS esteve ontem em Braga onde lembrou que é à concelhia que cabe a responsabilidade de indicar as suas escolhas para as próximas eleições autárquias. A renovação do acordo de coligação à direita está para breve, e Francisco Rodrigues dos Santos recusa sugerir nomes, mas sustentando que os que integraram a lista anterior têm todas as condições para continuar.

Aos jornalistas, à margem de uma visita a uma escola de Braga, o líder centrista assumiu que a avaliação está a ser feita “internamente” cabendo à concelhia “dar a sua opinião e o seu sentido de apelo para a abordagem”. Depois disso, a distrital irá afirmar a sua posição ficando para o fim a decisão da nacional em discussão com os diferentes órgãos.

Apelando ao diálogo interno, Francisco Rodrigues dos Santos disse estar “bastante tranquilo” com nomes como Altino Bessa, Lídia Dias, Francisco Mota e até João Medeiros (atual deputado municipal). “Estamos verdadeiramente confortáveis. Quaisquer que sejam os nomes, o CDS tem gente com capacidade, com provas dadas, com vontade de trabalhar e com grande paixão que é Braga, a sua cidade”, analisou.

O presidente do CDS-PP reconhece que este “é o momento próprio” para discutir estes nomes, assegurando um partido “a trabalhar para a reconquista da Câmara Municipal de Braga”.

Com os dois vereadores do CDS-PP de costas voltadas há vários meses, Lídia Dias, com a pasta da educação e cultura, pretende abandonar o cargo no final do presente mandato. Já em setembro passado, em entrevista à RUM, o presidente da autarquia, Ricardo Rio, reconhecia que para a candidatura da coligação ao último mandato sob a sua liderança estava aberto a algumas mudanças no na composição do executivo. A coligação, sabe a RUM, está apostada em promover alterações que permitam olhar já para um horizonte depois de Ricardo Rio que, se vencer em 2021, assume o último mandato enquanto presidente da autarquia bracarense, cargo que ocupa desde 2013.

Ainda não se sabe qual será a composição da coligação Juntos por Braga, mas tudo aponta para a integração da Iniciativa Liberal, força política que se começa a afirmar no concelho. Até agora, o acordo à direita previa dois vereadores centristas em lugares elegíveis e resta saber se continuará assim no próximo ato eleitoral.

Recorde-se que o líder da concelhia do CDS-PP, Altino Bessa, também não fala com Francisco Mota, seu antigo assessor que se mantém no entanto disponível para ser candidato pelo CDS-PP, tal como nas autárquicas anteriores.

Nas redes sociais circula agora um abaixo assinado que sugere a integração de Francisco Mota na lista. Contactado pela RUM, o jovem centrista disse ter conhecimento do documento, e confirmou que pretende voltar a integrar a lista de candidatos, mas afastou qualquer possibilidade de ser o promotor dessa 'petição'.