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FÁTIMA PEREIRA, nova Diretora do Museu dos Biscainhos. (FOTO:DR) 
Elsa Moura

Cultura 09.04.2025 09H50

Palácio dos Biscainhos reabre antes do verão com novidades e pronto a desafiar comunidade

Escrito por Elsa Moura
Nova Diretora do Museu dos Biscainhos, Fátima Pereira, assumiu funções em 1 de abril. Na primeira grande entrevista explicou o que muda e o que se pretende para os próximos anos.
Declarações de Fátima Pereira no programa da RUM Campus Verbal

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O Museu dos Biscainhos vai reabrir entre entre o final de maio e o início de junho, depois de um ano e meio de obras que permitiram transformar o palácio num espaço mais acessível a todos, mas também com novidades nas salas interiores, assim como no exterior, com o jardim histórico recuperado. A equipa, agora liderada por Fátima Pereira e com uma direção que deixa de ser partilhada como o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, está a ultimar o programa de mediação cultural, cuja apresentação coincidirá com o dia da reabertura.


Ao que a RUM apurou, a empreitada do jardim ainda decorre, com várias intervenções de conservação do património arquitetónico e decorativo em curso. 


Fátima Pereira, em funções desde 1 de abril, concedeu esta terça-feira à RUM a primeira grande entrevista enquanto diretora do espaço deixando a garantia que o museu estará "constantemente a desafiar a comunidade e as instituições" para visitas e experiências diferentes resultado do programa de mediação cultural que está a ser ultimado.


A nova responsável explicou também que um dos desígnios passará por continuar o trabalho de recuperação do palácio através de mecenato. Sabe-se agora que a ala nascente do museu, por enquanto, não vai reabrir, dado que os cinco quartos, com pinturas do século XIX, precisam de uma intervenção de conservação e restauro.


Uma nova museografia, exposição de peças que não estavam visíveis e uma sala cocheira são algumas das novidades

A intervenção foi "uma oportunidade para repensar a museografia do palácio" já que anterior prolongou-se por trinta anos, começou por evidenciar à RUM a nova responsável dedicada exclusivamente à gestão deste palácio barroco. Vincando que "é difícil pensar no museu sem memórias de ligação", a nova diretora acredita que a comunidade vai estar "mobilizada" paea ajudar, nomeadamente através da rede de amigos do museu. A nova diretora vinca que o projeto de mediação cultural, a apresentar aquando da reabertura do equipamento [entre final de maio e início de junho], "vai explorar a comunidade no seu todo, acessível a todos os públicos, trabalhando oficinas concretas com várias faixas etárias, envolvendo famílias e instituições".


Na primeira grande entrevista desde que assumiu funções, no início deste mês de abril, Fátima Pereira explicou que esta reabertura apresenta novos textos em português e inglês garantindo "um novo olhar para a museografia que valoriza o palácio enquanto monumento arquitetónico". 

Por isso, surgem agora novos elementos para visualizar no interior do museu, nomeadamente através da colaboração de outros museus nacionais. "Olhou-se para toda a dimensão e apresentou-se um novo olhar. Vamos ter peças que se mantêm, vamos ter peças novas. Por exemplo, na Sala do Concílio dos Deuses há um reforço da valorização da arquitetura com peças do Museu Nacional da Música", incluindo novos instrumentos. "Também um vestido de gala, restaurado, vai passar a estar em exposição", explica. Já na Sala dos Azulejos, ficará também patente uma exposição de uma coleção de relógios da marca IMPERIO, alguns que já faziam parte do museu, assim como outros cedidos de uma coleção particular. 

A acrescentar surge uma sala dedicada aos transportes da época. "Teremos uma nova sala, a sala cocheira, que juntamente com a cavalariça irá recriar a sala dos meios de transporte da época", revela também.


Fátima Pereira adianta também a existência de coleções que não fazem parte da museografia e estão nas reservas, que posteriormente serão alvo de estudo e investigação por parte de especialistas. Depois de reunidas as condições, nos próximos tempos a direção irá avaliar a libertação de mais salas para o circuito de visitas, rentabilizando o conjunto alargado de elementos que se encontram por explorar por limitação de espaço.


Sublinhe-se que a intervenção no Palácio dos Biscainhos pretendeu, primeiramente, garantir uma acessibilidade para todos, tendo sido colocado um elevador além de intervenções nas casas de banho, adaptando as mesmas a pessoas com mobilidade reduzida.


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