Partes da "rotunda" no Nó de Infias serão demolidas com a obra que pretende resolver as longas filas de trânsito que se verificam diariamente, sobretudo ao início da manhã e ao final da tarde no principal "ponto negro" da cidade de Braga. A obra vai custar pelo menos 11 Milhões de Euros e é da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal (IP). 

Os sucessivos atrasos no processo não permitem confirmar a data concreta para que avance no terreno uma vez que ainda são necessários alguns passos legais até ao lançamento do concurso internacional da empreitada. Depois da reunião camarária de hoje, "falta o parecer do IMT e depois é necessário um despacho conjunto de autorização de despesa plurianual por parte do ministério das Infraestruturas e das Finanças, só depois é que a IP estará em condições de proceder à abertura do concurso", esclareceu à RUM a vereadora Olga Pereira.

Obra vai durar um ano e meio. Município pretende que se realize também em período noturno

Depois de arrancar a obra no terreno, o prazo estimado de duração é de um ano e meio. A vereadora assume que o município tem sensibilizado a IP para a importância de realizar os trabalhos em período diurno e noturno, de segunda-feira a sábado. Além disso, outro dos desígnios é realizar o máximo de trabalho possível fora do Nó de Infias para diminuir os constrangimentos que "serão inevitáveis", apesar de estarem assegurados pontos de passagem.

A reorganização viária do Nó de Infias vai estar novamente em discussão, na reunião camarária agendada para esta sexta-feira à tarde, desta feita tendo em vista a proposta de Acordo de Gestão a celebrar entre a Infraestruturas de Portugal (IP) e o Município de Braga, no âmbito do projeto de reorganização viária.

O principal propósito é resolver os movimentos que "vêm de norte para nascente", o principal movimento que será resolvido com o novo desenho, assim como "a saída do centro da cidade para norte e restantes direções", começa por evidenciar aos microfones da RUM a chefe de divisão da mobilidade. 

Filipa Corais explica que "o nó será refeito, terá três níveis, estando prevista a demolição de algumas partes da 'rotunda' do Nó de Infias que vai deixar de funcionar como uma rotunda, precisamente para garantir esses fluxos diários". 

Serão "três níveis" e a Avenida António Macedo mantém-se como está. A ligação de norte para o centro da cidade [zona das escolas] terá um novo braço, "num nível diferente, que vai ligar à Avenida António Macedo, ocupando o terreno ali existente". Existirão sempre duas vias para cada sentido e "todos os outros braços serão melhorados". Desaparecerá também o encontramento de "entrada difícil e perigosa" para quem vem da zona norte e pretende seguir em direção à rotunda da Escola Sá de Miranda.

"Vamos tentar que a obra tenha o mínimo de impacto. Em princípio, a circulação será sempre assegurada, ainda que com constrangimentos. Tudo o que for possível ser pré-fabricado fora, será, para garantir a máxima rapidez na execução", acrescenta Filipa Corais.

Já o BRT passará na Avenida António Macedo, pelo meio, através da eliminação dos separadores centrais.

Projeto da Variante do Cávado fica fechado neste mandato

Em curso está o desenvolvimento do projeto para a variante do Cávado, outra alternativa que permitirá eliminar muito do tráfego automóvel. Olga Pereira assegura que "o projeto fica fechado dentro deste mandato", ficando para os próximos o trabalho de captação de financiamento para avançar com a obra. "Irá agarrar imediamente a um nó da autoestrada, eliminando muito trânsito na cidade", disse também a chefe de divisão da mobilidade.

Ao que a RUM apurou, brevemente, o município reunirá com a APA para discutir o projeto hidrográfico.