Regional 11.06.2025 13H39
"O S. Geraldo foi um custo político exagerado. Hoje não teria travado a Igreja"
O presidente do município de Braga arrepende-se de ter dado cumprimento à vontade das pessoas que depois acabaram a julgar a CMB pelo dinheiro que ali vai investir.
Ricardo Rio arrepende-se de ter travado o projeto que a Arquidiocese de Braga tinha para o antigo Cinema S. Geraldo considerando que terá um custo demasiado alto para os cofres do município a transformação daquele equipamento no Media Arts Center, mesmo que seja uma solução válida.
A questão é admitida pelo próprio no programa Campus Verbal, na RUM. "Posso dizer que depois de todas as circunstâncias que envolveram esse processo, eu não teria travado o projeto do S. Geraldo da Igreja. Acho que a Igreja teria avançado com o seu projeto, a Câmara municipal não teria despendido aquele valor, não estaria hoje a fazer esse investimento, sem colocar em causa o interesse que vai ter. Mas acho que foi um custo político exagerado para aquilo que foi o dar cumprimento à vontade das próprias pessoas", começa por confidenciar para logo depois vincar o que sucedeu. "Temos que lidar com essa hipocrisia. Aqueles que na primeira hora tanto defenderam a intervenção do município, foram aqueles que no primeiro momento imediatamente julgaram criticamente a conduta da câmara e os encargos que essa mesma opção tinha sobre o município", atirou.
Outro projeto que lamenta não ter conseguido executar foi o da requalificação do Estádio 1º de Maio, apontando que deverá avançar com potencialidades várias, incluindo a continuidade da própria dimensão desportiva, mas também cultural, assim como a possibilidade de se tornar um espaço que pode acolher grandes concertos ao ar livre, o que não acontece com o atual Estádio Municipal de Braga.
Nesta grande entrevista à RUM admite que Braga está melhor do que idealizou em 2013.