O Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa está a ser requalificado com verba oferecida por uma casal alemão.

O edifício, aberto ao público desde 2007, sofreu, o ano passado, a primeira intervenção, na cobertura e caleiros.

Agora, Marion Bühler-Brockhaus e Hans-Peter Bühler investiram 410 mil euros na melhoria da "pintura exterior, limpeza do espaço envolvente, melhoria das acessibilidades, iluminação e segurança". 

Sem esta doação, a diretora do Museu, Isabel Silva, reconhece que a obra dificilmente avançaria de forma tão célere. "Temos algum dinheiro prometido na dita 'bazuca europeia', mas não estaria disponível tão cedo e não é uma verba substancial, ou seja, não nos permitiria requalificar a imagem do Museu conforme gostaríamos", acrescentou a responsável. 

Marion Bühler-Brockhaus e Hans-Peter Bühler quiseram também doar a sua coleção de Arte Clássica do Mediterrâneo ao espaço museológico bracarense. Depois de o tentarem deixar ao cuidado de um Museu em Setúbal, cidade onde residem, e ao Museu Nacional de Arqueologia, ambos "sem condições para acolher a coleção", de visita a Braga encontraram no Museu D. Diogo de Sousa o espaço ideal para ser a nova morada das cerca de "300 peças" de arte. A coleção dará espaço a uma exposição, a inaugurar em outubro. 

As peças, revelou à RUM Isabel Silva, "retratam a época grega e romana, sendo que existem também algumas peças egípcias". "Faz sentido ficarem aqui, porque são um complemento e um contraponto do que foi a ocupação mais periférica do mundo romano, que tínhamos na nossa exposição permanente", justificou a diretora.

A coleção conta com esculturas em mármore, bronze e terracota, mosaicos romanos, vasos cerâmicos gregos e  romanos em vidro, utensílios, equipamentos e adornos em bronze e metais nobres.