“Qualidade” é a palavra usada pelos jurados para descrever as candidaturas aos Laboratórios de Verão 2023. Os projetos selecionados no âmbito do programa de apoio à criação artística, desenvolvido em parceria pelo gnration, de Braga, e pelo Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), de Guimarães, foram anunciados esta segunda-feira, em comunicado.

‘A mais inábil candura’, uma instalação vídeo de Bárbara Fonte que apresenta uma sucessão de ações performativas filmadas em estúdio; a instalação interativa, que alia um jogo de computador, ‘HIC SVNT SERPENS’, criada por Lucas Carneiro e Manuel Costa; ‘Pintura Imaterial’, de Cláudia Cibrão, uma instalação visual que trata os conceitos de sombra própria e projetada; e ‘Improvisação em duas vias’, uma performance instalação de peças acusmáticas pelo duo experimental Guache, são as obras que prevalecem entre as 50 submetidas.

À nona edição, o CIAJG entrou na iniciativa pela primeira vez. A diretora artística, que foi também uma das juradas, confessa ter ficado “surpreendida com a qualidade das propostas”. Marta Mestre considera que as obras selecionadas revelam “um universo de realizações plásticas e artístico muito diversificado", algo que, no seu entender, é "uma marca da criação emergente”.

Envolvido desde o início, o diretor artístico do gnration e membro do júri, Luís Fernandes, salienta “o aumento qualitativo” que os Laboratórios de Verão têm experienciado. “É bom notar essa diferença de qualidade ao longo dos anos. Existiam muitas propostas que podiam ser selecionadas”, frisa.

Os projetos escolhidos vão receber um local de trabalho durante um período de duas semanas, um valor de 2.000 euros, apoio técnico e de produção. De seguida, cada obra será exposta no gnration, inaugurada no âmbito da Noite Branca, em setembro, e no Centro Internacional das Artes José de Guimarães, numa data por anunciar.

Há ainda a possibilidade de passarem pelo Editoria, recente espaço cultural multidisciplinar portuense e que é parceiro dos Laboratórios de Verão.