As negociações entre a autarquia e o SC Braga com vista à alienação do Estádio Municipal continuam num impasse. Se do lado do Município a intenção é a venda o equipamento por cerca de 20 milhões de euros ao utilizador, verba que seria canalizada para a recuperação do 1º de Maio, do lado arsenalista aponta-se a uma solução semelhante à encontrada no caso do D. Afonso Henriques, em Guimarães, ou seja, a venda por um valor simbólico. Recorde-se que a infraestrutura vimaranense foi vendida ao clube por apenas 1 euro.

Ora, Ricardo Rio declara aos microfones da RUM que essa solução está fora de questão. "Achamos que o SC Braga tem condições financeiras quer através da SAD, quer dos acionistas para custear parte do investimento que a autarquia realizou naquele equipamento e estamos, de certa forma, apenas a tentar criar condições financeiras para que a autarquia consiga reabilitar o Estádio 1º de Maio que carece de uma intervenção profunda a curto prazo", explica.

Tendo em conta as posições das partes, a negociação continua assim num impasse com o presidente do Município de Braga a dizer que "a bola está do lado do clube". 

No entanto, o autarca bracarense garante que a alienação só faz sentido com o SC Braga, visto que até ao momento não existe outra manifestação de interesse. 

No início do mês, o SC Braga anunciou intervenções no Estádio Municipal no valor de 4 milhões de euros, com o intuito de melhorar a experiência do adepto, nomeadamente, com a substituição do ecrã gigante, implementação de LED Wall nas platibandas assim como substituição do sistema de som de todo o estádio. Ora, para o edil estas são intervenções “paliativas” que foram autorizadas pelo município. Empreitadas mais de fundo só farão sentido, caso a alienação avance.