A UMinhoExec - Escola de Executivos da UMinho - deverá ter nova casa, no requalificado Edifício do Castelo, em meados de 2028. A requalificação foi assinalada esta sexta-feira, 24 de outubro, com o gesto simbólico da primeira telha e arranca pela substituição integral do telhado. O investimento totaliza nove milhões de euros e a conclusão está prevista para meados de 2028.

A ambição passa por reforçar a oferta de formação avançada dirigida a empresas, administração pública e terceiro setor, fazendo da cidade uma plataforma de capacitação para toda a região. Luís Aguiar-Conraria disse querer “torná-la numa escola de formação executiva de referência nacional” e sublinhou que a UMinho “é reconhecida como uma das melhores universidades do país, com projeção internacional” e “ligação ao tecido empresarial”. O responsável lembrou ainda que “a região do Minho é conhecida pelo seu dinamismo empresarial”, o que sustenta a aposta.

O reitor Rui Vieira de Castro referiu que este projeto materializa uma nova etapa da Universidade no coração de Braga e reforça uma dimensão estratégica da instituição. O reitor salientou que se trata de “formação de executivos para as empresas, para o setor público, para o terceiro setor, não apenas em Braga, mas em toda a região”, apontando um horizonte de obra que permita colocar o edifício ao serviço desta missão no mais curto prazo possível.

O financiamento combina fundos europeus, apoio municipal e empresarial. Do total de nove milhões de euros, cinco milhões e meio são assegurados pelo programa Norte 2030. A autarquia bracarense aprovou por unanimidade um apoio adicional de um milhão de euros. O restante foi assegurado por 20 empresários. Para o presidente da CCDR-N, António Cunha, a intervenção soma valências que ultrapassam a dimensão académica. O dirigente destacou “uma combinação perfeita entre um projeto academicamente relevante e do ponto de vista de formação relevante, um projeto patrimonialmente relevante e um projeto urbanisticamente e civicamente relevante para uma cidade como Braga é”.

O município vê na aposta um contributo direto para a competitividade local e regional. O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, afirmou que “qualificação é fundamental para dotar o nosso tecido empresarial”, lembrando a coexistência de grandes empresas e muitas PMEs com necessidades específicas de atualização e de novas competências. O autarca considerou que esta oferta de executivos representa “a primeira alavanca, o conhecimento, a inovação” para sustentar o crescimento que o território tem evidenciado.

A obra começa pelo telhado e prosseguirá com a reabilitação integral do imóvel, preservando o valor patrimonial do Edifício do Castelo e adaptando-o às exigências atuais de ensino e trabalho colaborativo. A UMinhoExec ficará com condições para acolher programas de curta e média duração, ações customizadas para organizações e iniciativas de ligação à indústria, respondendo às transições digital, verde e demográfica que marcam o tecido económico do Minho.

Com o calendário a apontar para meados de 2028, a Universidade do Minho pretende consolidar a presença no centro de Braga, aproximar-se ainda mais das empresas e reforçar o ecossistema de inovação. A visão partilhada pelos intervenientes converge na mesma ideia. A formação de executivos é um fator de competitividade e coesão regional e o Edifício do Castelo passará a ser uma das suas moradas mais visíveis.

As 20 empresas que se juntaram à UMinhoExec são : Torrestir, DST, Bragalux, Cachapuz, Impetus, Onires, IBG Europe, Mecwide, SC Braga, Officetotal Food Brands, Banco Carrego sa, Grupo Érre, Navarra, HUB7, Casais, Ordem dos Contabilistas Certificados, Petrotec, PwC, Silsa Confecções e NBKS Digital Services.

Desde a sua criação, em 2014, a UMinhoExec conta com mais de seis mil diplomados nas áreas de Gestão, Recursos Humanos, Administração Pública, entre outros, ganhando agora um outro impulso. Não só com o novo edifício, como através de uma ligação mais próxima com o mundo empresarial resultante desta parceria com o tecido da região.