Autárquicas 2021 15.09.2021 18H43
Chega prepara desde Braga "revolução política". Ventura quer liderar Governo
André Ventura esteve em Braga, cidade que escolheu para passar a noite eleitoral de 26 de setembro.
O líder do Chega quer fazer história já nestas eleições autárquicas com uma "tremenda revolução política". André Ventura traçou como objetivo vir a liderar um Governo, em Portugal. No comício que teve lugar ao início da tarde desta quarta-feira, na Praça Conde de Agrolongo, em Braga, Ventura deixou uma mensagem clara ao PSD e CDS/PP, "os outros se quiserem terão de se coligar connosco". Para as eleições autárquicas de 26 de setembro, o presidente do partido de extrema direita confidenciou que espera alcançar uma "grande vitória".
Recorde-se que o Chega apresenta candidatos a 220 câmaras e tem como meta ultrapassar os 12 vereadores conquistados pelo Bloco de Esquerda que apresenta representantes a 115 autarquias. Será em Braga que Ventura irá passar a noite eleitoral do próximo domingo.
Quando questionado pelos jornalistas sobre como tem sido a mobilização dos portugueses, o líder do Chega destacou, sobretudo, o apoio nos jantares comício que têm contado com mais de 200 apoiantes.
Lutar contra a corrupção é uma das grandes bandeiras do Chega, em Braga.
André Ventura não perdeu a oportunidade de atacar o executivo liderado por Ricardo Rio. Em causa estiveram as alegadas suspeitas de corrupção que envolvem o departamento de Urbanismo, Ordenamento e Planeamento da Câmara Municipal de Braga.
Recorde-se que a 19 de maio, a Polícia Judiciária realizou buscas na Câmara Municipal bracarense, o alvo foi António Zamith Rosas, diretor do Departamento de Urbanismo, Ordenamento e Planeamento da Câmara Municipal de Braga, braço-direito do vereador Miguel Bandeira.
"Serei a voz dos bracarenses, sobretudo dos que trabalham", Eugenia Santos.
Pretende dar voz aos verdadeiros problemas da cidade bimilenar através de uma oposição forte ao contrário do que, nas suas palavras, acontece atualmente. Braga, para Eugénia Santos, tem uma oposição de "corpo presente”, em que não são tidos em conta ou resolvidos os problemas nos bairros das Andorinhas, Alegria, Palhotas, Parretas e na Praça de Bocage. "Aprovam tudo, não investigam", refere.
"A autarquia não é de Ricardo Rio", continua Eugénia Santos, que promete dialogar com os bracarenses utilizando sempre uma linguagem simples num discurso "sincero e frontal".
"Apontarei o dedo quando for preciso. Serei a voz dos bracarenses que trabalham, que querem ter as mesmas oportunidades, dos abandonados, das crianças, jovens e idosos", compromete-se perante algumas dezenas de apoiantes.
Os ataques ao candidato da coligação Juntos por Braga não ficaram por aqui, Eugénia Santos citou Mia Couto para frisar que "hoje, o que somos é medido pelo espetáculo que fazemos de nós mesmos, e é precisamente isso que (Ricardo) Rio faz há oito anos. Nunca deu o peito às balas. Nunca saberá o que vale sozinho", afirma.
Já o candidato à Assembleia Municipal, Filipe Melo, aproveitou o momento para garantir que toda a estrutura do partido apoia a candidatura de Eugénia Santos à autarquia bracarense. Filipe Melo utilizou a expressão "rabos de palha" para assegurar que a candidata do Chega é a única, nestas eleições autárquicas, que não tem manchas na sua reputação.