O candidato do PSD à Câmara de Barcelos, Mário Constantino, diz que o concelho "está a ficar para trás no âmbito do quadrilátero urbano", atirando culpas ao atual executivo do PS e Miguel Costa Gomes, que lideram a autarquia há 12 anos.

À RUM, o candidato que encabeça a corrida social-democrata às autárquicas pela segunda vez consecutiva - apresentando-se, desta vez, com o apoio do CDS-PP e do movimento independente "Barcelos Terra do Futuro" - diz que "os barcelenses estão inconformados com a falta de ideias e projetos" da gestão socialista.

Mário Constantino refere que Barcelos tem um "um potencial histórico, ambiental e patrimonial que tem e deve ser potenciado", considerando que o concelho está subdesenvolvido em relação a Braga, Guimarães e Famalicão "nas captações de investimento e de fundos comunitários".

Para a captação de investimento sugerida, Mário Constantino entende que o concelho precisa de olhar para o rio Cávado, "nas dimensões cultural, desportiva, ambiental e turística", como elemento central de crescimento.

Sobre a mobilidade, Mário Constantino aponta à falta de alternativas para a circulação automóvel na cidade, identificando como carências "uma nova entrada na autoestrada na zona norte do concelho" e "conclusão da circular urbana", criticando ainda o "cancro" do excesso de passagens de nível no território barcelense.

Mário Constantino diz que é o "candidato natural" pelo PSD

Mário Constantino é candidato à Câmara de Barcelos pela segunda vez: há quatro anos esteve na corrida mas perdeu para Miguel Costa Gomes.

Agora foi novamente o escolhido pela nacional do PSD, opção que contrariou a vontade da concelhia e da distrital. Apesar de não ser unânime, diz que é o "candidato natural".

"A minha candidatura é natural, fui o candidato há quatro anos e tive um resultado que consolidou o nosso eleitorado. Era também quem reunia as melhores condições para um acordo com um movimento independente, o que também potencia a ideia de frente comum contra a gestão errática do PS", sinaliza.

Barcelos à margem da ligação de TGV seria "impensável"

Já sobre a ferrovia, o candidato do PSD diz que é "impensável" que o futuro comboio de alta velocidade não contemple uma paragem em Barcelos, hipótese já levantada pelo presidente da Câmara de Guimarães, que defende a construção de uma estação ferroviária equidistante entre Guimarães, Braga e Famalicão, deixando o concelho barcelense à margem.

Mário Constantino entende que a possibilidade "não pode sequer ser equacionada", recordando que "a linha do Minho tem décadas de existência".

Mário Constantino concorre pelo PSD às autárquicas de outono para tentar reconquistar o poder social-democrata no município barcelense, liderado pelo PS há doze anos. Os socialistas terão Horácio Barra como candidato, sucessor de Miguel Costa Gomes, impedido de se recandidatar por causa do limite de mandatos.