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FOTO: DANIEL ROCHA/PÚBLICO
Elsa Moura

Regional 21.02.2025 16H24

Braga. Vereadora admite refeições servidas abaixo da temperatura recomendada

Escrito por Elsa Moura
Uma encarregada de educação da Escola Básica da Ortigueira, em Palmeira, denuncia que as refeições estão a ser servidas frias, motivo pelo qual as crianças não estarão a comer de forma adequada.
As declarações de Carla Sepúlveda à RUM

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A vereadora com o pelouro da Educação na Câmara Municipal de Braga, Carla Sepúlveda negou hoje que as crianças da Escola Básica da Ortigueira, na freguesia de Palmeira, não comam a comida porque esta é servida fria, mas assume que possam estar a ser disponibilizadas às crianças abaixo da temperatura recomendada. 


A denúncia partiu da mãe de um aluno, mas a responsável com a pasta da educação nega que os restantes encarregados de educação se queixem do mesmo. À Agência Lusa, a referida encarregada de educação alegou que as crianças vão conseguindo comer a sopa, porque esta, mesmo assim, “ainda se aguenta morna até à hora do almoço”. “Posso dizer que, neste momento, o meu filho passa fome, porque não consegue comer, diz que fica com frio com a comida fria”, adiantou.


Ora, ouvida pela RUM na manhã desta sexta-feira, Carla Sepúlveda admitiu alguma insatisfação, mas considerou um “exagero” a declaração proferida pela referida mãe, notando que a associação de pais não partilha dessa opinião.

"Temos noção que a comida quando chega e até à hora que é servida, na verdade, vai diminuindo o grau exigido por lei, que é 65º, e nem sempre está a 65º quando é servida. De qualquer maneira, a acusação que nos é feita, de não resolvermos a situação, não é verídica uma vez que o município está perfeitamente consciente da situação, tem em curso um projeto que leva à reformulação da copa no sentido de conseguir incluir um equipamento de banho-maria e estamos a tomar essas diligências no sentido de o colocar", declarou. Entretanto, assume a possibilidade de diminuir o tempo em que a refeição chega à escola, ou então colocar um banho-maria portátil temporário. "Se a criança não come, é a única. Ainda ontem falamos com a Associação de Pais e, inclusivamente, os senhores diziam-me que não se reviam na notícia que saiu. Portanto, admito que haja alguma insatisfação, mas não é o caso de dizer que as crianças não comem ou que passam fome", acrescentou.


Segundo a vereadora da Educação, as empresas que fazem a distribuição realizam circuitos desde a manhã, admitindo, "eventualmente, que numa situação ou outra a comida estar com a temperatura ligeiramente abaixo". Carla Sepúlveda continuou, referindo que "quem tem crianças sabe que não comem muitas vezes a comida quente quando chega à mesa". Por isso, relaciona a dificuldade de uma ou outra criança não comer "porque não gosta da comida e não pela temperatura".


c/Ariana Azevedo


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