Regional 21.02.2025 16H24
Braga. Vereadora admite refeições servidas abaixo da temperatura recomendada
Uma encarregada de educação da Escola Básica da Ortigueira, em Palmeira, denuncia que as refeições estão a ser servidas frias, motivo pelo qual as crianças não estarão a comer de forma adequada.
A vereadora com o pelouro da Educação na Câmara Municipal de Braga, Carla Sepúlveda negou hoje que as crianças da Escola Básica da Ortigueira, na freguesia de Palmeira, não comam a comida porque esta é servida fria, mas assume que possam estar a ser disponibilizadas às crianças abaixo da temperatura recomendada.
A denúncia partiu da mãe de um aluno, mas a responsável com a pasta da educação nega que os restantes encarregados de educação se queixem do mesmo. À Agência Lusa, a referida encarregada de educação alegou que as crianças vão conseguindo comer a sopa, porque esta, mesmo assim, “ainda se aguenta morna até à hora do almoço”. “Posso dizer que, neste momento, o meu filho passa fome, porque não consegue comer, diz que fica com frio com a comida fria”, adiantou.
Ora, ouvida pela RUM na manhã desta sexta-feira, Carla Sepúlveda admitiu alguma insatisfação, mas considerou um “exagero” a declaração proferida pela referida mãe, notando que a associação de pais não partilha dessa opinião.
"Temos noção que a comida quando chega e até à hora que é servida, na verdade, vai diminuindo o grau exigido por lei, que é 65º, e nem sempre está a 65º quando é servida. De qualquer maneira, a acusação que nos é feita, de não resolvermos a situação, não é verídica uma vez que o município está perfeitamente consciente da situação, tem em curso um projeto que leva à reformulação da copa no sentido de conseguir incluir um equipamento de banho-maria e estamos a tomar essas diligências no sentido de o colocar", declarou. Entretanto, assume a possibilidade de diminuir o tempo em que a refeição chega à escola, ou então colocar um banho-maria portátil temporário. "Se a criança não come, é a única. Ainda ontem falamos com a Associação de Pais e, inclusivamente, os senhores diziam-me que não se reviam na notícia que saiu. Portanto, admito que haja alguma insatisfação, mas não é o caso de dizer que as crianças não comem ou que passam fome", acrescentou.
Segundo a vereadora da Educação, as empresas que fazem a distribuição realizam circuitos desde a manhã, admitindo, "eventualmente, que numa situação ou outra a comida estar com a temperatura ligeiramente abaixo". Carla Sepúlveda continuou, referindo que "quem tem crianças sabe que não comem muitas vezes a comida quente quando chega à mesa". Por isso, relaciona a dificuldade de uma ou outra criança não comer "porque não gosta da comida e não pela temperatura".
c/Ariana Azevedo