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Fotografia: Tiago Barquinha Gonçalves/RUM
Tiago Barquinha

Desporto 19.05.2023 07H00

Após "entrar num buraco que parecia sem fundo”, Ribeirão tenta subida às provas nacionais

Escrito por Tiago Barquinha
O Ribeirão 1968 Futebol Clube foi criado em 2015, depois do Grupo Desportivo de Ribeirão, por onde passaram jogadores como Ederson Moraes e Pizzi, ter entrado em insolvência. 
As declarações do capitão, Vitinha, do treinador de guarda-redes, Tó Rocha, e do administrador da SAD, Pedro Gomes no programa RUM(O) Desportivo.

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Desde que foi refundado, o Ribeirão nunca esteve tão perto de chegar aos campeonatos nacionais de futebol. Nos próximos dois fins de semana, o emblema de Vila Nova Famalicão defronta o CD Ponte para o playoff de apuramento do campeão do Pró-Nacional da Associação de Futebol de Braga. Quem ganhar sobe ao Campeonato de Portugal.


A formação ribeirense chega a esta etapa depois de ter ficado no segundo posto da Série B na fase regular - obteve os mesmos pontos do vencedor ‘Os Sandinenses’ e mais cinco que o próximo adversário, que fechou o pódio - e de ganhar a Série 2 da fase de subida. Em declarações no RUM(O) Desportivo, o capitão de equipa não esconde que “o sentimento é bom”, após “cumprir os dois primeiros objetivos”. Sendo uma final, Vitinha fala de uma eliminatória de “50/50”, confiando que o Ribeirão 1968 FC possa estar “mais preparado” que o CD Ponte para vencer.


Apesar do sucesso alcançado até agora, o conjunto famalicense começou a temporada com duas derrotas em cinco encontros, situação que motivou a saída de Miguel Magalhães e a entrada de António Miranda no comando técnico. 


Também presente no programa, o treinador de guarda-redes descreve um caminho que “não foi fácil”, tendo em conta a qualidade dos adversários que aparecerem. Tó Rocha, que já ocupou o mesmo cargo na segunda liga, ao serviço do Varzim SC, considera “o grupo de trabalho excelente”, capaz de “dar todas as garantias de lutar até ao último segundo”.


A primeira mão do playoff contra o CD Ponte, que nunca esteve nos campeonatos nacionais, realiza-se este sábado, às 16h, e a segunda acontece no dia 28, à mesma hora, no Estádio do Passal, em Vila Nova de Famalicão.



Chegada aos campeonatos profissionais é objetivo "a médio prazo"


O Ribeirão 1968 Futebol Clube foi criado em 2015, depois do Grupo Desportivo de Ribeirão, que esteve cerca de duas décadas nos campeonatos nacionais e contou com atletas como Pizzi (SC Braga), em 2008/2009, e Ederson Moraes (Manchester City), em 2011/2012, ter sido declarado insolvente. À luz dos regulamentos, o novo emblema começou na última divisão distrital e, em três anos, subiu duas vezes até ao mais alto patamar do futebol regional, no qual se mantém desde 2018/2019.


Vitinha, que se manteve no clube apesar do declínio, diz não ter “boas memórias” desse período, lamentando que seja “a vida que muitos clubes atravessam”. “As dificuldades foram aparecendo, o clube estava a apostar tudo na subida à segunda liga e as coisas não correram bem. Começou a entrar num buraco que parecia sem fundo, a gestão não foi bem feita e o clube e a vila padeceram”, refere, fazendo alusão à Soccer Champions, o investidor naquela altura.


Menos de dois meses passaram entre o fim do GD Ribeirão e o surgimento do Ribeirão 1968 FC. Vitinha recorda que foram “homens da vila que pegaram no Ribeirão”, percebendo que as pessoas daquele território “gostavam muito de futebol e que não podiam viver sem um clube”. Isso foi percetível, atesta, com o facto de “o Estádio do Passal encher muitas vezes na última divisão distrital”.


Numa lógica de crescimento, em 2021, o Ribeirão 1968 constituiu uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD). Apesar de o foco, neste momento, estar na subida ao Campeonato de Portugal, o administrador da SAD, Pedro Gomes, não esconde a ambição de chegar às provas profissionais “a médio prazo”.


Ainda assim, o dirigente diz que é necessário “ir passo a passo, com a cabeça bem em cima dos ambos”, evitando "cometer erros do passado". “Se chegarmos ao Campeonato de Portugal, aí poderemos pensar mais à frente. Caso contrário, temos de pensar novamente neste [no Pró-Nacional da AF Braga]”, argumenta.

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