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Tiago Barquinha

Academia 11.11.2020 12H46

Alunos de Medicina da UMinho mantêm prática clínica; Interdição abrange outras áreas do país

Escrito por Tiago Barquinha
Nuno Sousa é um dos signatários do mais recente comunicado do Conselho de Escolas Médicas Portuguesas, que alerta também para uma diferença de tratamento no acesso às vacinas da gripe sazonal.
As declarações do presidente da Escola de Medicina.

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Nenhum estudante de Medicina da Universidade do Minho está impedido de frequentar a prática clínica nos hospitais. A garantia é dada pelo presidente da escola da academia minhota.


Em causa está o comunicado do Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP), que alerta para o facto de algumas administrações hospitalares recusarem acolher estudantes de Medicina devido à actual situação pandémica. Contactado pela RUM, Nuno Sousa esclarece que a situação acontece em várias zonas do país, "mas não em hospitais da região, sejam os nucleares ou os afiliados à Escola de Medicina (EM) da Universidade do Minho".


O presidente da EM é um dos signatários do comunicado elaborado pelo CEMP, que congrega as oito escolas médicas do país. O responsável da academia minhota considera "errada" esta tomada de posição, destacando que essa prática é "fundamental para alunos que dentro de um, dois, três anos serão médicos e vão estar a servir o país e os cidadãos". 


Além disso, refere que "a evidência científica reflete que o número de infectados nas escolas médicas está muito abaixo da média nacional, o que mostra que os planos de contigência estão a ser cumpridos".


Não colocando de parte a possibilidade da tomada de posição do CEMP ser alterada no futuro consoante a evolução da pandemia, Nuno Sousa não compreende, ao dia de hoje, esta decisão, referindo que os conselhos de administração que vedam a presença dos estudantes "não se encontram debaixo de grande pressão sanitária". 


"Outros hospitais, noutras áreas do país em que a pressão até é maior, mantêm as portas abertas para a formação de estudantes na área da saúde. Em alguns casos está até a ser pedida a participação de alunos em actividades clínicas", acrescenta.


Lembrando que esta situação afecta sobretudo estudantes do 4º, 5º e 6º anos de Medicina, mas também alunos de outros cursos, Nuno Sousa espera que as administrações "revertam a decisão, seguindo o exemplo do que fez o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra".



Diferente tratamento na vacinação da gripe sazonal afecta alunos da UMinho


Outra das preocupações expressas pelo CEMP está relacionada com a gripe sazonal. De acordo com as orientações da Direção-Geral da Saúde, no que diz respeito à vacinação, os estudantes de Medicina são equiparados aos profissionais de saúde, um dos grupos prioritários. 


No entanto, Nuno Sousa revela que isso "não está a acontecer em várias administrações regionais de saúde, incluindo na do Norte", prejudicando, por isso, os alunos da Universidade do Minho.


"O que estamos a verificar é entendimentos distintos nas diferentes administrações regionais de saúde do país quanto à aplicação da norma", refere, explicando que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo já avançou com esse proceso.


O presidente da Escola de Medicina, tal como os seus colegas, pede que haja "uma clarificação sobre a operacionalização da norma, especificando onde estão as vacinas e onde é que os estudantes podem fazer a respectiva administração".

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