Na rua D. Pedro V, a sede da Associação Académica da Universidade do Minho foi retomando o seu normal funcionamento, mas meses depois do fatalidade registada a alguns metros do edifício, o Bar Académico permanece encerrado. Espaço de convívio noturno entre os estudantes da academia minhota, marcou gerações de alunos que ao longo das últimas décadas frequentaram a Universidade do Minho. Ainda que fique a mais de 1km de distância do campus de Gualtar, é ponto de encontro obrigatório pelo menos nas noites de terça e quarta-feira ainda que o seu funcionamento se prolongue até à noite de sábado. Já teve mais que um modelo de gestão sendo atualmente o figurino da concessão aquele que se encontrava em vigor. 

A reitoria da Universidade do Minho ordenou o encerramento do BA, mas o objetivo da direção da Associação Académica presidida atualmente por Luís Guedes passa pela reabertura já nos próximos meses. Para isso é necessário encontrar um novo parceiro que cumpra de forma escrupulosa o contrato e regulamento do espaço que deve ser apenas frequentado por estudantes. 

Além disso, a reabertura com uma nova concessão implica um investimento no Bar Académico para o dotar de melhores condições infraestruturais.

No programa Campus Verbal, da RUM, Luís Guedes especificou que já foi comunicado à Universidade do Minho, ao Município de Braga e à PSP o objetivo de reabrir o BA de Braga, mediante algumas condições. "Efetivamente, as condições do Bar Académico são tristes e gostaríamos de proceder à reabertura do bar com uma nova exploração ainda este semestre", admite, acrescentando que são necessários "investimentos" para que possa estar ao serviço da comunidade estudantil "um espaço mais digno".

Todo o edifício antigo está degradado, ainda que seja utilizado nomeadamente pela direção da Associação Académica da Universidade do Minho e dos seus serviços, assim como pelos grupos culturais, encontrando-se apenas encerrada a parte correspondente ao Bar Académico.

Até à concretização do projeto da nova sede da AAUMinho, no interior do campus de Gualtar, a direção da AAUMinho pretende assegurar que a comunidade estudantil possa usufruir de um espaço noturno com uma programação dedicada.

Nova sede da AAUMinho no interior do campus de Gualtar vai ter Bar Académico

AAUMinho procura parceiros para investir na nova sede

Ainda que o BA possa reabrir na rua D. Pedro V, o objetivo da AAUMinho é que esta seja outra das valências a instalar na nova sede, no interior do campus de Gualtar, aumentando também o sentimento de segurança e a proximidade dos alunos.

Nesta mesma entrevista à RUM, o dirigente estudantil assumiu uma correção face a informações que tinha lançado no início deste ano de 2025 sobre os procedimentos em curso tendo em vista a nova sede, tema antigo para os estudantes que nos últimos vinte anos conseguiram um "pé de meia" de 2ME para investir na nova Casa do Estudante.

Num ponto de situação, Luís Guedes clarificou que a AAUMinho estima até dia 15 de setembro receber dos serviços da Universidade do Minho o feedback final de todo o anteprojeto base e o passo seguinte é o projeto de execução com eventuais pedidos de correção da instituição. A elaboração do caderno de encargos deverá prolongar-se por quase cinco meses. 

Segue-se a procura ativa de parceiros e de fundos" para a construção da nova sede da AAUMinho. "Neste momento, a AAUMinho tem perto de dois milhões de euros em fundo para a nova sede, um esforço de sucessivas direções e de parceiros. Vamos procurar diálogos mais aprofundados com empresas da região", explicou. O representante máximo dos estudantes da academia minhota assinalou também a mudança na equipa reitoral prevista para o final de outubro tendo em vista aquilo que poderá ser um novo posicionamento do futuro reitor sobre esta matéria, sendo certo que a construção da sede naquele local está assegurada.

A entrevista completa a Luís Guedes está disponível na pasta podcast dedicada ao Campus Verbal.