Autárquicas 2025 15.09.2025 14H48
AAUMinho espera que BRT "não estrague futura expansão do campus"
Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, Luís Guedes, falou à RUM sobre o BRT e deixou a sua visão sobre o consenso encontrado entre empresa TUB e reitoria para traçado no interior do campus de Gualtar.
O Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho), Luís Guedes apela a que a solução encontrada para o traçado do BRT não impacte demasiado na zona [verde] do campus de Gualtar, a área para onde o polo de Braga ainda pode crescer.
A linha do BRT desenhada para fazer a ligação entre a Estação e o Hospital de Braga passando pela Universidade do Minho ainda não é uma realidade, apesar de se exigir que fique concluída até julho de 2026 por ser financiada por fundos do PRR. A instituição recusou a primeira proposta da empresa municipal Transportes Urbanos de Braga, que implicava uma passagem pelo centro do campus, onde será até erguida a nova sede da AAUMinho.
Em entrevista à RUM, Luís Guedes admite que o traçado pelas traseiras da cantina e dos Serviços de Ação Social é mais moderado. "Percebi que tivessem esta vontade de salvaguardar uma solução que fosse mais moderada e que tivesse menos impacto às pessoas que mais tempo passam no campus universitária. Este traçado, apesar de incorrer numa zona verde que tinha potencial para o campus universitário, acho que poderá ser trabalhado a não inviabilizar qualquer tipo de projeto para futuro. Sabemos que a UMinho tem problemas de espaço, se calhar um dia a opção será ampliar", alerta, acrescentando que apesar de dar uma volta maior, a atual solução do BRT acordada com a reitoria "é a solução mais interessante para equilibrar a vontade da instituição e aquilo que era a vontade expressa dos Transportes Urbanos de Braga".
"Existe um projeto para o parque que incluia alguns campos de jogos e seria depois também disponibilizado para toda a cidade, ainda que com prioridade para os serviços desportivos e atletas da Universidade do Minho, e eu defendo essa iniciativa", finaliza o dirigente estudantil.
Recorde-se que quando o reitor promoveu uma sessão de esclarecimento junto da comunidade académica para falar sobre o traçado e todas as conversas anteriores entre a UMinho e a empresa Transportes Urbanos de Braga, vários docentes da academia minhota criticaram a solução de passagem do BRT no campus de Gualtar.
O atravessamento no campus de Gualtar começa após a entrada lateral do polo da UMinho em Braga.