3500 bracarenses desafiados para campanha de recolha de biorresíduos

Uma equipa devidamente identificada vai bater à porta de 1600 casas de Braga, entre fevereiro e março, com o objetivo de sensibilizar os habitantes para a recolha seletiva de biorresíduos. É o ponto de partida para um processo que até ao final do ano será levado a cabo pelos 200 mil habitantes do concelho.
Nas próximas semanas, os habitantes da zona residencial da Makro, em S. Victor, e do Parque Norte, em Real, serão pioneiros nesta mudança de hábitos. Cada habitação receberá trinta sacos, devidamente identificados, onde devem ser colocados apenas os biorresíduos. O saco é colocado no contentor para que posteriormente, a Braval, leve a cabo a triagem.
O projeto piloto foi apresentado esta quinta-feira, na zona residencial da Makro, uma das duas zonas piloto. Segundo Rui Morais, administrador da Agere, os sacos serão sempre oferecidos, ainda que nesta primeira fase entregues em mão e, posteriormente, colocados na caixa de correio. O administrador da Agere lembra que os sacos oferecidos “não podem ser colocados dentro de outros sacos”, precisamente porque a triagem é feita com base na cor. “A escolha do saco vai permitir uma triagem manual ou ótica e podemos potenciar o que já temos na Braval, já temos uma capacidade de tratamento de trinta mil toneladas de resíduos orgânicos. Havendo esta escolha seletiva conseguimos logo separar esses mesmos resíduos e produzir energia (biogás) e composto para os solos”, informou.
A ideia, por enquanto, é perceber “como é que as coisas correm em termos operacionais”, admite Rui Morais. A grande vantagem é “desonerar a baixa e fazer investimento concentrado na alta, daí esta forte sensibilização”, afiança também.
No futuro, as instalações da Braval serão alvo de um investimento de 5Milhões de euros em equipamentos. Por enquanto, a empresa intermunicipal continua a aguardar pela libertação de fundos comunitários para este fim.
