“Terei um alvo gigante nas costas, mas não quero ir com demasiada ambição”

O grande foco de Iúri Leitão é a qualificação para os Jogos Olímpicos, deixando para mais tarde a definição de objetivos para o evento que acontece em Paris, no próximo ano. Recentemente coroado campeão do mundo em ciclismo de pista, na vertente de omnium, tenta a primeira presença no maior evento desportivo do globo.
Entrevistado no programa RUM(O) Desportivo, o atleta minhoto não esconde que o título alcançado dá “bastante responsabilidade”, partindo com “um alvo gigante nas costas”, mas prefere “não ir com demasiada ambição”. “Se conseguir ir aos Jogos, vou tentar, mais uma vez, fazer a melhor preparação possível. Depois, o corpo dirá até onde posso chegar”, assinala.
Ainda assim e tendo em conta os últimos resultados, considera que agora se encontra “noutro patamar”, tal como a seleção masculina de ciclismo de pista, comparando com o que aconteceu há quatro anos, quando Portugal ficou a um lugar de conseguir bilhete para os Jogos de Tóquio. Na altura, recorda, foi “um balde de água fria”.
Para Paris, a formação lusa está na rota da qualificação olímpica nas vertentes de madison e omnium, categoria em que Iúri Leitão foi campeão do mundo, algo que o coloca, neste momento, em posição vantajosa no ranking de apuramento. O ciclista mostra-se confortável nas duas vertentes e considera “possível” apostar nas duas categorias.
No entanto, havendo “mais atletas capazes de estar presentes e fazer bons resultados”, acredita que irá participar em apenas uma. “Tenho uma preferência pelo omnium, mas sei que tenho bastantes aptidões também para o madison. Aquilo que o selecionador decidir para mim vai estar bem”, assinala.
Além do ciclismo de pista, Iúri Leitão compete na modalidade de estrada, tendo vencido, este ano, a Volta a Grécia pela Caja Rural, a equipa que representa atualmente. O atleta de 25 anos não descarta a hipótese de apostar nessa vertente em próximos Jogos Olímpicos, embora isso possa ser influenciado pelo “tipo de terreno”. “Se for uma corrida demasiado dura, nunca vou ter hipótese. Dependendo das circunstâncias, de Jogos futuros, pode ser que [o meu futuro] também passe por aí”, assinala.
