Não vai haver referendo para venda do Estádio Municipal de Braga

O referendo local para a venda do Estádio Municipal de Braga caiu por terra. Durante o primeiro trimestre de 2020, o autarca Ricardo Rio pretendia chamar os bracarenses a decidir sobre a venda do estádio, mas com a pandemia da covid-19 e muitas incertezas quanto aos próximos meses, o edil optou por abdicar dessa possibilidade, sabe a RUM.
Com eleições autárquicas previstas para depois do Verão de 2021, Ricardo Rio vai optar por incluir a proposta de venda do Estádio Municipal no programa eleitoral da coligação Juntos por Braga. Se vencer poderá colocar o estádio à venda, objectivo que assumiu no ano de 2019.
Construído para o Euro 2004, os encargos com a infra-estrutura continuam a ter um peso significativo nas contas da autarquia. O seu custo final poderá atingir os 192 milhões de euros, segundo um relatório apresentado por Ricardo Rio em Outubro passado.
Na altura, em conferência de imprensa, o autarca assinalou que “os números revelavam que o Estádio Municipal “custou mais que o Hospital Central e mais 1,5 vezes que o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL). O que se gastou no Estádio dava para intervir 10 vezes na variante do Cávado e no Nó de Infias; representa 15 vezes o que se gastou no Altice Forum Braga; mais de 30 vezes o valor que iremos gastar no Mercado Municipal ou até mesmo 50 vezes o valor gasto na requalificação do Parque Desportivo da Rodovia”, sustentou.
“Uma dimensão desproporcionada deste investimento em contraponto com o benefício aos bracarenses”, notou.
