“Não se esqueçam dos estudantes. Eles são e devem ser o centro da nossa universidade”

“Não se esqueçam dos estudantes. Eles são e devem ser o centro da nossa universidade. Todas as decisões, ações e políticas devem sempre ter como prioridade o bem-estar e futuro dos estudantes, pois são eles que dão vida e sentido à nossa instituição”, o conselho foi deixado por Margarida Isaías, no último discurso como presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, no passado sábado.
A estudantes de Medicina apostou num discurso que acabou por resumir o seu caminho no associativismo, mas simultaneamente, num tom de incentivo aos presentes a sonhar e colocar mãos à obra em prol da estrutura estudantil.
“Qualquer um é capaz. Motivados pelas causas certas, com vontade de ajudar, com carinho pelas pessoas e pela instituição qualquer um de nós, de vós é capaz”, afirma. “Tudo o que fiz foi com as minhas grandes equipas, amigos e famílias”, frisa.
“No meu primeiro ano como presidente, queria fazer tudo. Amanhã é agora, dizia eu, cheia de energia e planos para transformar cada canto da AAUMinho e da universidade. Tinha muitas ideias e vontades, mas logo me deparei com uma realidade desafiadora. Encontrei dificuldades que foram além das minhas expetativas”, confessa.
Além de limitações financeiras e estruturais da universidade, com processos burocráticos e lentos, Margarida Isaías, fala em dois anos marcados pela “luta constante pelo apoio aos estudantes e ao associativismo”, que culminou, segundo a ex-presidente, numa melhoria da situação financeira da casa assim como da qualidade e essência dos projetos.
Ao nível do movimento estudantil nacional, Margarida Isaías fala num ano “histórico”. “Conseguimos trabalhar lado a lado em prol de um problema que se arrastava há muitos anos. Este é apenas o começo. Depende de todos melhorar e adaptar a solução e com o tempo transformar o ensino superior em Portugal num espaço justo, acessível e de excelência para todos”, realça.
Na vertente social, a estudante sublinha o reforço do apoio aos PALOP e a criação da secção dos alunos africanos, como forma de promover a sua integração e representatividade. A saúde mental foi outra das prioridades da direção assim como ações de incentivo ao respeito e compreensão pela comunidade LGBT.
No desporto, a AAUMinho teve oportunidade de organizar o Europeu Universitário de Voleibol. Este foi também o ano de aposta nos Esports e do fim da parceria entre a AAUMinho e o SC Braga no futsal.
